O presidente da Câmara de Vereadores, Maurício de Oliveira Júnior, acompanhado do vice-presidente Anízio Gonçalves de Souza (Cb. Anízio) e vereadores Hélio Ferreira e Paulo César Altino participaram da reunião do CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável), no último dia 11/11. Na oportunidade, os representantes do Legislativo mencionaram os trabalhos visando o desenvolvimento do meio rural e a necessidade urgente da nomeação de um secretário municipal de agricultura em Manhuaçu, por parte da prefeitura, para que demandas existentes sejam atendidas e novos projetos sejam alavancados no setor.
Há cerca de dois meses, com a exoneração do então secretário municipal de Obras, Fábio Soares, a prefeitura nomeou interinamente o secretário municipal de Agricultura, Eduardo Heringer, para ocupar a referida pasta. E, este cenário de dupla função permanece até hoje. A preocupação dos vereadores é com os eventuais prejuízos que as comunidades rurais sejam submetidas, enquanto se predomina este arranjo temporário elaborado pelo Executivo Municipal. “Há um clamor dos conselheiros para que a secretaria de agricultura saia do papel e seja atuante, que tenha recursos para trabalhar. Sabemos que Manhuaçu é um município agrícola. Nossa agricultura é uma das molas-mestre do desenvolvimento da nossa região.
Foi levantada a questão de que nosso secretário de Agricultura, senhor Eduardo Heringer, irmão do Prefeito, responde também pela secretaria de Obras. Não há secretaria mais ou menos importante que a outra. Mas, para um município como Manhuaçu, a agricultura é essencial para nossa vida, nosso sustento e desenvolvimento. A secretaria de Obras é pesada, difícil e complexa de se administrar. Então, vem o irmão do senhor prefeito cumulando estas duas secretarias. Foi dito que isto seria interinamente, mas, este provisório já se estendeu demais. É hora de o prefeito por a mão na consciência e nomear um secretário de Agricultura ou de Obras. E, este, deve ser um secretário que entenda e que viva de agricultura, ou, que seja nomeado outro de Obras. Observamos a manifestação dos conselheiros sobre isto, e constatamos que esta cumulação de secretarias compara-se àquela passagem bíblica: servir a dois senhores. Um você vai servir menos. Ou ele faz um bom trabalho na secretaria de Obras ou na secretaria de Agricultura. É o que queremos! um posicionamento do prefeito. Queremos que nossa agricultura ande bem, queremos o setor avançando. Não dá mais para ficar dependendo da cafeicultura não. É preciso repensar isto. Sabemos que o prefeito é uma pessoa bem intencionada e acreditamos também na boa intenção do Eduardo Heringer, mas precisamos de uma decisão. A centralização de poder é prejudicial, enquanto que a sua delegação é fundamental para o município funcionar direitinho”, analisou o Presidente Maurício Júnior.
Sobre os preparativos para a votação da LOA (Lei do Orçamento Anual), Maurício Júnior frisou o envolvimento dos diversos segmentos para que todos sejam bem atendidos. “A população precisa ser ouvida. Nós vereadores ouvimos a todo tempo as reivindicações dos cidadãos. Estamos prestes a votar a Lei do Orçamento Anual, que irá versar sobre o que deve ser feito com o dinheiro público e onde serão gastos os recursos no ano de 2014. Então, estamos debatendo estes assuntos com o COAMMA e agora com o CMDRS, para que as reivindicações sejam inseridas na referida Lei e o prefeito atenda a comunidade”, pontuou.
Em entrevista, o vice-presidente do CMDRS, Flânio Alves, evidenciou os assuntos em pauta e destacou a importância deste diálogo entre vereadores e conselheiros. “Tivemos positiva participação nesta reunião. A agricultura familiar hoje depende deste arranjo, desta organização, considerando que a cafeicultura passa por dificuldades. Buscamos diversificação com a devida estrutura para o escoamento comercial. […] É importante que a Secretaria de Agricultura seja forte no município. […] Os vereadores compareceram e se pronunciaram sobre o Orçamento, o que foi muito importante, porque é uma forma de o mesmo ficar com o perfil da comunidade, além da participação do CMDRS neste trabalho. […] Também neste encontro, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais explanou sobre Direito Previdenciário, evidenciando o enquadramento do agricultor. É também nossa responsabilidade levar esta informação às comunidades rurais”, finalizou.
Assessoria de Comunicação