Caratinga: População protesta contra possível fechamento de hospital

Um grito, um pedido de socorro. Portando cartazes, gritando palavras de ordem e promovendo um “apitaço”, funcionários do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA), em Caratinga, tomaram as ruas da cidade, durante a manhã da segunda-feira (12/12), para protestar contra o possível fechamento da unidade hospitalar e a suspensão dos atendimentos na Maternidade Grimaldo Barros de Paula. A concentração do manifesto pacífico aconteceu na porta do hospital.

O hospital presta atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a uma média de 250 mil habitantes de 13 municípios da microrregião. A técnica de enfermagem Denise de Melo teme pelos impactos no atendimento à população carente caso o hospital feche as portas. Os manifestantes também se uniram e foram às ruas com outro propósito: eles pedem a intervenção das autoridades políticas para evitar o fechamento do hospital.

Segundo o presidente da Associação dos Profissionais de Enfermagem de Caratinga e Região (ASPECAR), Eugênio Ribeiro da Silva, a situação do hospital está ficando cada vez mais insustentável. O hospital está na “UTI” e seu futuro é incerto. O custo mensal do hospital e do Pronto Atendimento Microrregional (PAM) chega a quase R$ 2,8 milhões.

O financiamento do hospital é composto por várias fontes de recursos. Atualmente, as receitas não atingem R$ 1,9 milhão. Com uma dívida de R$ 27 milhões, o hospital opera no vermelho com um déficit de aproximadamente R$ 1 milhão por mês. O hospital já não está mais conseguindo manter nem custear os serviços hospitalares.

O hospital foi obrigado a suspender os atendimentos na maternidade por tempo indeterminado por causa da paralisação dos médicos plantonistas. Os médicos paralisaram suas atividades devido à falta de pagamento dos salários. O hospital suspendeu o atendimento na UTI Neonatal e os partos. A enfermeira da UTI Neonatal, Eva Maria, lamentou a suspensão dos atendimentos.

Até setembro deste ano, as dívidas com os médicos do hospital e PAM chegava a mais de R$ 6,5 milhões. O protesto contou com o apoio da Polícia Militar, que acompanhou todo o trajeto dos manifestantes. A manifestação terminou na BR – 116, onde os manifestantes fecharam a rodovia nos dois sentidos. Após alguns minutos interditadas, as duas pistas foram liberadas.

Informações TV Super Canal, Caratinga

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