Na Comunidade de Soledade, situada no distrito manhuaçuense de São Sebastião do Sacramento, está sendo realizando um diagnóstico com a finalidade de traçar um perfil social e produtivo do local. A intenção é implantar, a partir do resultado, ações de preservação ambiental na localidade. A iniciativa endossa um projeto que teve início a partir dos próprios moradores membros da Igreja Católica local e do GEAC – Grupo de Estudo Comunitário – com o objetivo de preservar nascentes de água. O diagnóstico fará um levantamento do que se produz na agricultura local, bem como a quantidade de famílias e o número de pessoas que vivem em Soledade.
A intenção é a de implantar a captação do esgoto das residências, hoje lançado em cursos d’água, e lançá-lo em fossas cépticas. Além disso, pretende-se implanta o trabalho de captação de águas da chuva nas estradas e o reflorestamento de áreas, de modo a evitar erosões, melhorar o solo e abastecer lençóis freáticos. “Queremos construir nas estradas, lavouras e pastos, as chamadas caixas de retenção de águas pluviais e valas em curva de nível, para conter a água da chuva e evitar a erosão. Também queremos possibilitar o fornecimento de mudas de árvores aos produtores interessados na regeneração ou reflorestamento de ambientes” – esclarece o secretário de Comunicação de Manhuaçu, Senisi Rocha, que também é de vice-presidente do CBH – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Manhuaçu.
O grupo de voluntários pretende promover as ações partindo principalmente da conscientização ambiental, desde crianças até idosos. “Queremos mudar o comportamento e a conduta das pessoas em relação ao meio ambiente” – declara Rocha. A princípio, o projeto conta com o apoio da comunidade e do Governo de Manhuaçu, principalmente do SAAE – Serviço de Água e Esgoto. O Lions Clube Manhuaçu Flor de Manacá é outra instituição envolvida nestas ações. Porém, a iniciativa quer unir forças com outras entidades ambientais e órgãos públicos.
Iniciativa própria
O trabalho iniciado pelo Grupo de Jovens da Comunidade de Soledade, entre 2006 e 2007, continua visando aperfeiçoar e tornar a ação, que foi destaque no Prêmio Ouro Azul, envolvendo iniciativas de Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro, uma referência ainda maior e mais relevante. “Pra nós é gratificante ver que uma comunidade tem esse interesse por vontade própria, sem imposições do poder público. Eles mesmos se levantaram em prol da ecologia” – enaltece Senisi Rocha. Segundo ele, o empenho é no sentido de contribuir com a consciência ecológica da comunidade e implantar ações de redução da degradação ambiental. A intenção de realizar um diagnostico é ampliar essas ações, antes voltadas apenas para a preservação das nascentes.
Apresentação dos dados
As visitas aos proprietários ocorreram em cinco sábados no primeiro semestre deste ano. As informações estão sendo processadas e organizadas para subsidiar os projetos no futuro.
No dia cinco de setembro haverá um evento na sede da comunidade de Soledade com o intuito de transmitir dados importantes do diagnóstico. “Esperamos que as pessoas agreguem forças a essa iniciativa. Quanto mais pessoas colaborando, participando, interagindo, fornecendo informações, será positivo. A riqueza dessas informações nos ajuda a convencer instituições que possam financiar os projetos” – disse Rocha.
Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu
