Manhuaçu: Prefeitura apresenta projeto do Hospital Regional

hospital-regional-apresentacao nailtonheringer-manhuacuO Governo de Manhuaçu deu o primeiro passo para a construção do hospital regional com a aquisição do terreno, junto ao que foi doado ao IF – Instituto Federal, no trecho entre a sede do município e o distrito de Realeza, às margens da BR 262. Desde então, a equipe da secretaria de Planejamento tem trabalhado na elaboração da concepção do projeto, que foi apresentado à sociedade na sexta-feira, 14/08, pelo prefeito Nailton Heringer. O evento ocorreu no anfiteatro da Câmara Municipal de Manhuaçu.

Compareceram ao evento autoridades de toda a região, entre prefeitos, secretários etc. Do Executivo manhuaçuense, estiveram presentes os secretários de Planejamento, Luiz Carlos Rhodes, de Administração, João Batista Hott, de Agricultura, Sandro Tavares, de Educação, Gelvânia Câmara, de Cultura, Mariza Klein, de Comunicação, Senisi Rocha, de Trabalho e Desenvolvimento Social, Macilon Breder, de Saúde, José Rafael Oliveira, de Obras, João Amâncio, da Fazenda, Cristóvam Rocha, do SAMAL, Kilder Perígolo. Do Legislativo estiveram presentes os vereadores Jorge Pereira, Anízio Gonçalves, Aponísia dos Reis, Juarez Elói, Paulo Autino e Francisco Dutra.

O projeto

A planta base é composta de uma edificação horizontal e uma torre com dez andares, o que comporta quinhentos leitos, estabelecendo assim condições de funcionamento de um hospital geral para atendimento regional, em 45 mil m² de área construída.

Projetado para ter todas as especialidades médicas com amplo serviço ambulatorial, cirúrgico e laboratorial, e garantir atendimento a uma população regional estimada em setecentos mil habitantes, o projeto conta ainda com emergência 24 horas, pronto socorro, maternidade, cardiologia, pediatria, obstetrícia, oncologia com os serviços de radioterapia e quimioterapia, traumatologia, neurologia, banco de leite, banco de ossos, além de serviços avançados de terapia intensiva adulto e infantil com toda rede cegonha e tratamento para dependentes químicos. Para garantir maior agilidade na transferência de usuários que precisam se deslocar para outras unidades de saúde, o projeto ainda contempla um heliporto.

“Nós viemos sonhando com esse hospital, e colocamos isso na agenda do governador, que nos deu o privilégio de estar aqui em campanha, e ele assumiu o compromisso público, e agora estamos com a parte arquitetônica pronta. Estamos dando todos os passos. Temos o terreno, temos o projeto, agora precisamos sensibilizar o governo para que Ele possa contemplar essa grande região. Eu tenho conversado com lideranças e prefeitos, e creio que temos uma grande oportunidade, que é a audiência pública da vertente do Caparaó” – pondera o prefeito de Manhuaçu.

O hospital regional é uma das metas de campanha do atual Governo, e foi encampando por outras lideranças políticas como o deputado federal Mário Heringer, que falou aos presentes no lançamento por meio de um vídeo em que se compromete com empenho em prol do hospital. O atual governador, Fernando Pimentel, ainda em campanha para disputa, no último pleito, quando esteve em Manhuaçu, se comprometeu com a causa. Para o prefeito de Manhuaçu, essa é a hora de reunir forças entre governo, sociedade civil e organizada, lideranças políticas regionais, profissionais da saúde e toda população para juntos dar mais um importante passo e, finalmente a região ter um hospital com capacidade para atender a demandas especificas.

“É um hospital que é um grande sonho para nós da vertente do Caparaó, especialmente para nós da cidade polo. A população hoje tem que ser levada à várias cidades para tratamento. São ambulâncias e mais ambulâncias além dos carros pequenos transportando para exames ou consultas especiais. Há um desgaste muito grande de recursos e também de pessoas. Não é novidade para ninguém que muitas vezes tivemos acidentes com ambulâncias transportando doentes. Esse hospital será o grande diferencial para a saúde, preservando vidas e trazendo conforto para aqueles que já estão debilitados” – pondera Nailton Heringer.

Na ocasião, o secretário de Planejamento, Luiz Carlos Rhodes, trouxe dados que demonstram os impactos negativos da ausência de um hospital regional que supra a demanda existente nas redondezas. Os números mostram, dentre outros índices, os gastos anuais estimados dos municípios da região, e inclusive de Manhuaçu, com combustível utilizado no transporte de pacientes para cidades como Belo Horizonte, por exemplo. A economia aos cofres públicos com a existência de um hospital regional seria expressiva.

Desafios do projeto

“Trabalhamos com a setorização, onde vai funcionar os setores de ambulatório que ficaria exclusivo para pacientes, setor de internação e setor de serviços, fomos compondo pra saber qual seria a melhor implantação dentro de todo aquele terreno pra aproveitar melhor o espaço e ter um resultado funcional melhor. Custa em média R$ 2 mil o m², no mínimo. Embora ele terá uma certa imponência, tem toda uma viabilidade estrutural e técnica” – relata o arquiteto urbanista da prefeitura de Manhuaçu, Willian Júnior, que tem no currículo vasta experiência em projetos hospitalares.

Desde a aquisição do terreno, o projeto começou a ser trabalhado pela equipe da secretária de Planejamento, para que seja adequado às normas vigentes de saúde pública. Idealizado para ser um hospital geral, que atenda a carência existente na região atualmente, mas que seja ocupado aos poucos. A previsão é de que sua ocupação total ocorra no prazo de dez anos, e que seja feito de forma planejada. “Pela dimensão que o hospital terá, temos que pensar que vai acarretar um grande fluxo de veículos, pra isso precisamos de um projeto de estacionamento. Embora o terreno seja bem grande, não podemos esbanjar na ocupação do prédio. Ainda temos a parte de serviços industrial, como lavanderia, cozinha, manutenção” – explica o arquiteto.

Sustentabilidade

“É um crime um arquiteto não pensar em questões sustentáveis para um projeto como esse. Esse hospital quando foi pensado, projetamos o aproveitamento de 100% da água da chuva para lavagem dos pátios, abastecer vasos sanitários, aguar as plantas, fazer a lavagem dos carros. As placas solares vão garantir aquecimento de toda água do hospital que precisa ser quente, como chuveiros e torneiras” – relata Júnior.

Outra questão priorizada que vai de encontro com a sustentabilidade é a climatização. Para reduzir o impacto de calor, toda área de telhado da torre será coberta por grama, formando um telhado verde, o mesmo acontece nível que parte da planta horizontal para a vertical, que funcionará como um solariun, onde mais de dois mil m² formará um grande jardim, retendo o calor. Outro ganho é o aproveitamento da ventilação e da iluminação natural em quase todos os ambientes.

A climatização e iluminação artificial será usada apenas nos ambientes que se faz necessário, e será feita com equipamentos de baixo consumo.  “Pensamos muito também na questão da humanização e de conforto. Então criamos toda cobertura do ambulatório um pátio verde com área de cantina, capela e todos os itens necessários ao bem estar do usuário e das pessoas que acompanham ou esperam para uma visita” – destaca o responsável pelo projeto.

O hospital será erguido em uma área de natureza, então foi projetado para se tornar também um referencial. “Estamos trabalhando muito com áreas verdes, porque quando você joga essa cobertura verde, elimina quase todo reflexo do aquecimento” – explica o urbanista.

Questões técnicas

Mais do que um projeto, é preciso edificar uma estrutura que possa ser adequado com o passar do tempo e conforme as necessidades que se apresentem ao longo dos anos, o que fez a equipe responsável pelo projeto olhar par ao futuro. “Trabalhamos com modelação de pilares, pois o hospital é uma estrutura dinâmica. Nunca para de crescer e de mudar. Então é necessário criar uma estrutura de forma que possa ser movimentada e que não crie um labirinto e sim circulações eficazes, onde podem ser realizadas reformas sem atrapalhar outros setores, pois um hospital não pode parar em nenhum momento, e isso é preciso ser pensado na concepção” – detalha Júnior.

Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu

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