Na manhã do sábado, 03/01, o programa OAB Legal discutiu os índices de criminalidade em Minas Gerais. O programa que é apresentado pelo radialista Moreira Lopes, e exibido aos sábados pela rádio Manhuaçu AM 710, entrevistou o delegado de polícia civil da 6ª DRPC, João Lopes de Sá Neto e contou com a participação do presidente da 54ª Subseção da OAB/MG, Alex Barbosa de Matos.
Durante a entrevista, o delegado de polícia civil da 6ª DRPC, João Lopes de Sá Neto, comentou o quadro atual da segurança pública no Estado. Segundo ele, “o avanço da criminalidade em Minas Gerais tem relação direta com a falta de investimentos e de políticas públicas na segurança. OEstado tem os piores indicadores de criminalidade da região sudeste nos últimos anos. Sem dúvida, pior que o aumento sistemático da criminalidade é a falta de resposta do Estado em curto prazo”, comentou.
João Lopes de Sá Neto lembrou também que “mesmo com a falta de investimentos, a polícia civil de Minas Gerais, dentro de suas limitações, tem buscado realizar investigação de qualidade que leva à prisão os criminosos. Entretanto, por mais eficiente e esforçado que seja um policial civil, ele precisa de informações da população. O povo deve participar da segurança pública contatando a Polícia Civil caso testemunhe fatos de interesse policial, e sempre tendo em mente que o anonimato é garantido, de modo que o denunciante jamais é exposto durante as investigações”, conclui o delegado.
Para o presidente da OAB Manhuaçu, Alex Barbosa de Matos, a solução para o combate e a consequente redução desses números está em políticas direcionadas a jovens e adolescentes e também para a segurança preventiva. “Algumas medidas podem ser traçadas. Políticas governamentais voltadas para a segurança pública preventiva e a melhora do aparato da polícia judiciária para elucidar os crimes e punir os responsáveis e a ampliação de políticas públicas direcionadas para crianças e adolescentes que são mais vulneráveis ao modelo sócio-político-econômico vigente, impedindo que se tornem precocemente reféns do crime e potenciais criminosos”, enfatizou.
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