Simonésia: Celebrar a liberdade e não aos manicômios

CAPS4 CAPS1 CAPS2 CAPS3Dia 18 de maio de 2015, foi realmente muito especial. No Dia Nacional de Luta Antimanicomial, o CAPS I – “Esperança” de Simonésia, saiu às ruas e fez um movimento contagiante. Com a participação dos profissionais, usuários do CAPS e seus familiares, da prefeita Marinalva Ferreira, pessoas ligadas à área da saúde, educação, assistência social, profissionais do CAPSI de Manhuaçu e da sociedade, em busca de maior conscientização.

Neste ano o lema escolhido pelo CAPS Esperança foi: “Penso, louco existo. Na felicidade eu insisto”. “Escolhemos esta frase inspirada no pensamento de Descartes. Esta escolha nos ajuda a fortalecer nossa missão, de que a sociedade precisa reconhecer que estamos aqui e fazemos parte dela. Para complementar e reforçar a ideia, nosso bloco, nomeado Mente Solta, escolhido pelos usuários do CAPS, reforça o quanto essa liberdade nos faz bem, criativos, mentalmente mais saudáveis e com muito mais expectativas para um futuro cada vez melhor” – reforça a Enfermeira Daiane Fialho.

Para a Assistente Social do CAPS, Varlei de Moura Prata, esse movimento se caracteriza pela busca dos direitos das pessoas com sofrimento mental. “Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos ‘tratamentos’. Assim sendo, hoje nós convidamos a todos a refletirem para que o 18 de Maio possa ser compreendido como mais um dia de luta e resistência aos processos de exclusão e segregação daqueles sujeitos que, em muitos locais, ainda são submetidos às práticas manicomiais. Portanto, ‘Que se abram as ruas, as portas, as mentes, os olhos e acima de tudo os corações !!!’” – Enfatizou a profissional.

Para a prefeita Marinalva, o momento é ímpar: “Faço questão de participar todos os anos. Todos do CAPS são muito comprometidos com o que fazem, trabalham com carinho e isso é fundamental”, ressaltou.

Para a Psicóloga do CAPS, Astharianna Alves de Barros “em alguns casos a internação pode ser necessária e não é contra isso que devemos lutar, mas sim pela qualidade do tratamento, pela humanidade, pela inclusão. A Luta Antimanicomial não se faz apenas nesta data, mas, sim todos os dias, quando nós criamos coragem para romper com as barreiras do preconceito, sem excluir aquele que pensa, sente, e se comporta de forma diferente de nós”. “Manicômio nem sempre é um lugar construído com tijolos e concreto, com portas, janelas e grades. Às vezes ele é construído em nossos pensamentos e atitudes, quando optamos por excluir ao invés de acolher, proporcionar tristeza ao invés de felicidade, prender ao invés de libertar” – finalizou a profissional.

Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Simonésia e CAPS / Fotos: Matheus Dutra

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