Dança ajuda no tratamento da depressão

Um passo de cada vez. Esta é a receita do psiquiatra Fabio Martins para ajudar quem está sofrendo de um mal cada vez mais comum: a depressão. E como a dança pode ajudar no tratamento da depressão?

A depressão é a doença que mais afeta a vida no mundo todo. Segundo a OMS, 300 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo e o número de pessoas cresceu 18% entre 2005 e 2015. Não é frescura, preguiça e falta de força de vontade, lembra o consultor e psiquiatra Daniel Barros. É uma doença que tem causas orgânicas, genéticas, comportamentais e ambientais que fazem o paciente ter dificuldades para fazer o que gosta ou quer em várias áreas de sua vida.

Como outras doenças, a depressão precisa de tratamento e orientação específica para o paciente. Para voltar a fazer algo além de ficar na cama, a pessoa que vive com depressão não deve ser forçada, pressionada. Ela pode fazer tudo no seu ritmo.

Um estudo divulgado no ‘International Journal of Neuroscience’ apontou que o movimento da dança, além de melhorar a depressão, também melhora o estresse psicológico por meio da regulação dos níveis de serotonina e dopamina no corpo. “No mundo agitado e de tantas exigências em que vivemos, a dança pode ser único momento para se libertar de tanto estresse e liberar emoções”, afirma a psicóloga Luciane Pereira.

Ativa o corpo, a memória e as emoções

O estudo publicado no ‘International Journal of Neuroscience’ mostrou que a dança, por meio da música, permite a expressão do corpo e possibilita a libertação de emoções reprimidas, afastando os sentimentos de isolamento característicos da depressão. Isso se explica porque a dança está no cérebro, segundo um artigo publicado na ‘Scientific American Magazine’. O estudo mostrou que toda vez que uma música ou um ritmo é percebido pelo cérebro, o corpo começa automaticamente a se mexer.

Outro motivo para dançar está associado ao prazer. A quantidade de betaendorfina, substância produzida pelo cérebro que se transforma em endorfina e provoca sensação de prazer, e de ocitocina, hormônio também relacionado ao orgasmo sexual, durante uma dança, é capaz de levar o corpo a um elevado estado de satisfação.

Já um estudo com participantes de terceira idade, publicano no ‘New England Journal of Medicine’, demonstrou que dançar frequentemente ajuda a evitar os efeitos da doença de Alzheimer e outras formas de demência.

Outro estudo realizado pelo ‘Journal of Physiological Anthropology’ demonstrou que um programa de exercício aeróbico de entretenimento, como a dança, é tão útil para a perda de peso e o aumento da potência aeróbica quanto o ciclismo ou a corrida.

Informações: odia.ig.com.br/globo.com

Compartilhe

PinIt

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *