O celular a vítima tocou por volta das 11 horas da manhã do último dia 24/01. Para convencer de que se tratava de um sequestro – do outro lado da linha – o suposto sequestrador usou uma mulher, que se passou pela filha da vítima chorando e pedindo socorro. A esposa do policial militar reformado foi quem atendeu a ligação.
“Colocou ao telefone uma moça chorando. E, a princípio a mãe pensa que realmente é a filha dela que está chorando. Ela (suposta vítima) disse: ‘mãe eu estou aqui, fui roubada e estou com os ladrões’. E, passou o telefone em seguida para o criminoso. Aí ele perguntou se ela (esposa) estava sozinha e disse que a filha dela estava bem e que estava tudo sob controle. E, depois pediu dinheiro e começou a fazer exigências”, relatou o policial reformado.
Segundo ele, o criminoso não afirmou quanto queria em dinheiro ou como seria o pagamento, para que a suposta vítima fosse libertada. O suposto sequestrador ligou para o celular de Fernando de um número com DDD 21, do estado do Rio de Janeiro. O golpista chegou a ameaçar matar a suposta filha do casal.
“Em determinado momento, ela (esposa) passou o telefone para mim e estava alguém do outro lado da linha falando que iria matá-la mesmo”, disse.
De acordo com o policial o timbre de voz da mulher, que se passou pela suposta vítima, era bastante parecido com o de sua filha. Enquanto ele falava com o bandido, a esposa ligou do telefone residencial para a filha, que mora fora, e constatou que estava tudo bem com ela e que tudo não se passava de um golpe.
O golpe do falso sequestro é antigo e se repete no país inteiro. Os criminosos ligam aleatoriamente para telefones de vítimas e dizem que estão com o filho ou a filha, e exigem dinheiro para o resgate sob uma forte pressão psicológica. Com ameaças de morte e aproveitando a situação de nervosismo, os golpistas acabam convencendo a vítima de que estão com alguém de sua família. O golpista procura manter o contato com a vítima a todo o momento, não deixando que ela desligue o telefone, para que não entre em contato com o filho ou a filha. Nessa situação, é fundamental manter a calma e não sair fazendo depósito antes de checar o que está acontecendo.
Com informações da TV Super Canal, de Caratinga – contato@manhuacunews.com.br
