Depois da assembleia realizada na última segunda-feira, 27/01, entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Manhuaçu e funcionários do Hospital Cesar Leite, a fim de discutir aumento salarial, muitos demonstraram insatisfação com a defasagem salarial e, agora partem para a manifestação.
Desde novembro do ano passado, a diretoria do sindicato iniciou conversação com a diretoria do HCL, para um acordo de reajuste que viesse atender a reivindicação dos funcionários, mas nada avançou. Ainda nesse período, o provedor do Hospital Cesar Leite fez uma contra proposta de 0,0% de reajuste. A notícia causou indignação aos funcionários, que reclamam do baixo salário.
O provedor do Hospital Cesar Leite, Dr. Sebastião Onofre de Carvalho disse que nada pode ser feito, para atender a reivindicação dos funcionários, que exigem 12% de aumento. A justificativa do provedor é que a situação é bastante delicada, pois há um deficit que impossibilita atender o pedido de 12%. “A falta de recurso é o impecilho maior do Hospital Cesar Leite, já que fechou o ano de 2013 com um deficit de R$ 1 milhão de reais. Embora o Governo Federal tenha liberado um recurso na ordem de R$ 260.000,00, através do chamado “incentivo”, prevalece a incerteza se o recurso é temporário ou não”, explica o provedor do H.C.L.
Diante do impasse e sem nenhum avanço de negociação, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Manhuaçu decidiu realizar uma manifestação na terça-feira, dia 04/02, a partir das 08:00, em frente ao Hospital Cesar Leite. O objetivo da manifestação é o de chamar a atenção do provedor e membros da diretoria, quanto ao baixo salário. Para o presidente do sindicato, João Guilherme Filho, a possibilidade de sentar à mesa se esgotou, após ouvir a reportagem com o provedor do Hospital Cesar Leite, Dr. Sebastião Onofre de Carvalho. O líder sindical diz que ele continua irredutível diante do clamor dos funcionários, sem sensibilidade para enxergar o que os funcionários estão passando. “Quando vêm um funcionário andando todo bonito pelas ruas, roupa branca acha que ganha muito. Mas, tenho vergonha de falar sobre o salário desse pessoal tão dedicado, que gosta do que faz”, destaca João Guilherme.
Ele ressalta que, essa é uma decisão tomada depois de uma nova tentativa de conversação, porém, o provedor continua insistindo que o reajuste para os funcionários não é viável agora. Para João Guilherme, o HCL é uma instituição regional e com ótimas referências até a nível de Estado, mas quando nega reajuste para os funcionários, algo de estranho pode estar acontecendo. “Com toda a estrutura que a comunidade conhece e, o provedor alegar que não tem dinheiro é demais. Isto é preocupante. O hospital está caindo e, a comunidade não pode deixar isso acontecer”, disse João Guilherme Filho.
O presidente do sindicato destaca que a manifestação será pacífica, célere e com o único propósito de sensibilizar o provedor e toda a diretoria do HCL. Ele também não descarta que, após a manifestação e não havendo interesse para uma conversa, os funcionários cogitam fazer uma greve geral.
Eduardo Satil