Comportamento: Conquista do Cruzeiro aumenta rivalidade das torcidas

As duas grandes torcidas de Minas Gerais tiveram muito o que festejar em 2013 com o Atlético-MG campeão da Libertadores, no primeiro semestre, e o Cruzeiro confirmado como campeão brasileiro na última quarta-feira. O título celeste, inclusive, reanimou a rivalidade entre as equipes e isso ficou evidente nas comemorações.

Os cruzeirenses não se esqueceram dos atleticanos durante a comemoração. O atacante Borges deu uma provocada no rival ainda no intervalo do jogo contra o Vitória, quando o Cruzeiro já tinha ser tornado campeão graças a derrota do Atlético-PR para o Criciúma. “Campeão muitos podem ser. Bi poucos são, mas tri, em Belo Horizonte, só o Cruzeiro”, disse o jogador.

A resposta atleticana veio com outra provocação. O clube alvinegro comprou espaço em diversos jornais da capital mineira e publicou uma página inteira dizendo que “O campeão das Américas saúda os campeões nacionais”. Na brincadeira atleticana, vinha uma lista com campeões de 11 países da América, incluindo o Cruzeiro.

Até pela atitude do rival, os cruzeirenses retribuíram com gritos ofensivos contra o presidente do Atlético Alexandre Kalil. Desde a hora que os jogadores apareceram no aeroporto, durante o trajeto em caminhão de corpo de bombeiros pela capital e no fim da festa no parque esportivo do Barro Preto.

Até mesmo os jogadores e alguns membros da diretoria entraram no clima de euforia da torcida e cantaram: “Ei, você aí, avisa para o Kalil que o Cruzeiro já é tri”, seguido por um xingamento. O presidente Gilvan de Pinho Tavares também deu entrevistas retrucando o rival.

Alexandre Kalil, por sua vez, ironizou a conquista celeste e disse que não recebeu nenhum agradecimento depois da ‘homenagem’ ao arquirrival. “Eu não recebi nem um telefonema da homenagem que pus para eles, uma indelicadeza, recebi telefone do Emelec, do Velez, e o Cruzeiro não se manifestou, pois é um co-irmão”, disse o atleticano.

O último capítulo dessa troca de farpas veio do rival Cruzeiro, por meio do seu site oficial, quando rebateu o rival dizendo que “O Bicampeão das Américas agradece a todos que se curvaram a nossa conquista”, com duas fotos relembrando as conquistas sul-americanas. Em uma delas, Piazza aparece com o troféu da Libertadores de 1976 e na outra Wilson Gotardo levantando a taça em 1997. A publicação ainda elencou os vários títulos da equipe celeste, incluindo o mais novo Brasileirão.

O meia Everton Ribeiro aprovou as provocações. “Foram legais, tanto do Atlético-MG como do Cruzeiro”, disse o armador, que revelou quando criança adorava brincar com os amigos. “A rivalidade no futebol é importantíssima, a paixão do torcedor, quando era criança também gostava de zoar as pessoas, os adversários, isso é gostoso, tanto que não causei briga e nem danos para ninguém. Se for sadio é válido”, complementou.

O Mundial de clube no fim do ano promete apimentar ainda mais essa rivalidade. Obviamente os cruzeirenses irão torcer contra o maior rival e comemorar um possível fracasso do Atlético. Enquanto isso, os alvinegros buscam um inédito título para Belo Horizonte. Essa rivalidade acentuada é o reflexo do sucesso das duas equipes.

Nos últimos anos Cruzeiro e Atlético vinham alternando períodos de alta e baixa. Nos momentos em que o Cruzeiro estava bem, o Atlético se encontrava em situação muito ruim. O inverso também aconteceu na temporada passada, por exemplo. Porém, os dois times voltaram a obter sucesso exatamente na mesma temporada. O Cruzeiro não era campeão brasileiro desde 2003 e o Atlético conquistou a inédita Libertadores.

Fonte: www.uol.com.br

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