A pesquisadora ucraniana Zhanna Virna, doutora na área de educação, é a primeira cientista refugiada a chegar ao Brasil, para trabalhar na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). A instituição é uma das primeiras a receber cientistas da Ucrânia, desde a invasão russa ao país, que deu início a uma guerra.
Após o início do conflito armado, Zhanna Virna foi para a Polônia e, de lá, se inscreveu em um programa humanitário da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA), que traz pesquisadoras ucranianas para atuarem no Brasil.
“A Fundação Araucária teve ideia de acolhimento a cientistas ucranianas, voltado a princípio a mulheres, diante das dificuldades dos pesquisadores homens terem autorização para saírem da Ucrânia. Mas têm sido concedidas autorizações a cientistas tanto mulheres, como homens”, explica o professor Nilceu Deitos, gerente de projetos da Fundação Araucária.
Selecionada pelo programa, a educadora Zhanna Virna está trabalhando no campus de Curitiba. Zhanna morava em Lutsk, no Noroeste da Ucrânia, e veio para o Brasil acompanhada da irmã, Inna Virna, que é engenheira e jornalista.
A pesquisadora, que faz aulas de português, disse estar “maravilhada” com o Brasil, com o clima e a vegetação. Indagada sobre do quem tem mais saudade, Zhanna respondeu que é da família, em especial, dos netos que ficaram lá e disse que pretende retornar ao seu país, quando o conflito terminar.
Informações Agência Brasil