A revista britânica Nature Communications, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, elegeu entre as fotos mais importantes de 2018 a que registra o maior vírus do mundo, o tupanvirus, descoberto por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Eles escolheram a foto mais linda dele mesmo (rs). E por coincidência a imagem foi a primeira que a gente viu dele no microscópio”, disse o professor Jônatas Abrahão, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da universidade e coordenador do grupo responsável pela pesquisa.
O maior vírus do mundo é 50 vezes maior que os outros. “Se um vírus comum fosse uma pessoa, por exemplo, o tupanvirus seria um prédio de nove andares”, disse o pesquisador.
O organismo foi encontrado em sedimentos da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, retirados pela Petrobras, e em lagoas salinas do Pantanal, no Mato Grosso do Sul. “Ele não faz mal ao homem, mas é capaz de matar amebas”, disse Jônatas.
Os supervírus são capazes de produzir proteínas, elementos biológicos bastante usados na identificação de doenças. Esse é o próximo passo da pesquisa do tupan.
Além do tupanvirus, há na seleção da Nature fotos do último rinocerante branco macho do mundo que morreu em março, de Júpiter e dos primeiros primatas a serem clonados.
Informações G1