O crime aconteceu no domingo, 27/07, no bairro Vista Alegre, em Ubaporanga.
Há marcas de sangue na parede do quarto onde a menina de 13 anos, foi atingida na cabeça por um disparo de arma de fogo efetuado por seu irmão, de 15 anos.
A madrasta Roseli Júlia Quirino estava em casa com o marido, quando tudo aconteceu. Segundo ela, os dois lavavam a louça após o almoço, quando ouviram o disparo de arma de fogo. Quando correram para o quarto, a menina estava ensanguentada no colchão e o irmão e um amigo, Hiago Rangel Fernandes Faria do Nascimento, de 22 anos, não estavam mais no quarto. A garota foi socorrida para o Pronto Atendimento Municipal de Caratinga.
Segundo a família, os dois irmãos brigavam exageradamente, e ultimamente o filho de 15 anos estaria se envolvendo com traficantes e estaria tendo acesso a uma arma de fogo. A madrasta contou que desconhecia a arma. Mas segundo a família, no dia do crime não houve nenhum atrito suficientemente grave que pudesse levar a tal situação.
Após umas três horas dos fatos o suspeito Hiago retornou ao local do fato e informou que estava dormindo no momento em que ocorreu o disparo. Ele relatou ainda que saiu imediatamente junto com o menor infrator e quando chegou em uma praça se separou do menor. Hiago relata que o tiro foi acidental e que correu junto ao menor para pedir socorro. Em continuidade à ocorrência a Polícia Militar localizou o menor de 15 anos, que foi encaminhado à delegacia, ouvido e autuado em flagrante.
Suspeitas
A família está chocada com o fato. A Polícia investiga se o tiro foi acidental ou se o irmão premeditou o crime. Segundo a família, o menor apresenta um comportamento agressivo.
O presidente do Conselho Tutelar de Ubaporanga, José Roberto Garcia, disse que o menor já possuía autuações por tráfico de drogas e, recentemente, a família havia alertado sobre a perda de controle em relação ao adolescente.
Segundo o presidente, o caso foi levado ao conhecimento do município e encaminhado para a 4ª promotoria. Sem um centro de internação de menores, a secretaria de Saúde de Ubaporanga havia sugerido um tratamento no Caps, mas o presidente lembra que neste caso o paciente tem de querer, e ele recusou. A família passou a ser acompanhada pelos diversos setores do órgão público.
Ainda de acordo com o presidente do Conselho, o caso já havia sido repassado à Justiça, em busca de uma internação compulsória, mas até então nada havia sido feito. “Sai das nossas mãos, sai da nossa jurisdição. E aí? O que a gente pode fazer? Nada. Infelizmente, porque se tivesse arrumado uma internação para ele, teria evitado uma desgraça dessa, Não precisa ter chegado a este ponto”, concluiu.
Em estado grave
A adolescente de treze anos segue internada no setor de emergência do Pronto Atendimento Municipal de Caratinga, o PAM. Segundo apurado, a bala continua alojada na cabeça e a paciente aguarda uma vaga para ser transferida para uma UTI em Caratinga e/ou em outra unidade de saúde vizinha. O seu estado de saúde é considerado grave.
Luiz Nascimento, com informações
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