Evangelho do dia (Mt 11,25-30)

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Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Comentário

O profeta Zacarias viveu no século VI a.C., depois do retorno a Judá dos exilados na Babilônia. O livro que leva o nome do profeta Zacarias tem, ao todo, quatorze capítulos. No entanto, o livro não pertence a um mesmo autor. Duas ou mais mãos o escreveram. É geralmente aceito que os oito primeiros capítulos pertencem ao profeta e o restante a outro ou vários outros autores. Os dois versículos de nosso texto falam da volta vitoriosa e triunfante do rei à sua cidade, Jerusalém. Não se trata de um monarca da descendência davídica. O rei de que se fala nesses versículos é o próprio Deus que combate em favor do seu povo, destruindo todos os instrumentos de guerra e violência para selar a paz entre todas as nações.

Teria sido, em certo sentido, surpreendente para Jesus experimentar que aqueles que se diziam sábios, conhecedores e intérpretes da Palavra de Deus fossem os que lhe fizessem oposição, engajando-se em fazê-lo perecer. O contexto da perícope de hoje é a crítica de Jesus às cidades vizinhas ao Mar da Galileia que, beneficiadas pelo ensinamento e pelos atos de poder de Jesus, não se converteram, não se abriram ao sopro de sua palavra nem aderiram à sua pessoa. O hino de louvor de Jesus dirigido ao Pai é uma clara oposição a essas cidades que não se converteram. O que é escondido aos que se pretendem sábios e entendidos e o que é revelado aos “pobres de espírito”? O que está dito no v. 27 pode ser compreendido nesses termos: é Jesus quem revela o Pai. Somente quem se abre para reconhecer e aceitar Jesus como enviado do Pai é que pode conhecer a relação filial que une profundamente Jesus e Deus (cf. Jo 14,10-11; Cl 1,15). Jesus é não somente o Sábio, mas a “Sabedoria de Deus” que atrai todos a si e os instrui na Lei que o Senhor deu ao povo para preservar o dom da vida e da liberdade. O evangelho de hoje termina com um convite de Jesus àqueles que ainda estão fora do grupo dos seus discípulos. O “jugo” (ou fardo) era uma peça de madeira colocada sobre o pescoço do animal para equilibrar o peso que ele carregava. Na tradição bíblica, entre outros significados, ele se refere à Lei (Jr 2,20; 5,5). Jesus critica os escribas e fariseus por amarrarem pesados fardos sobre os ombros dos outros (Mt 23,4). Há um modo de interpretar a Lei e de pô-la em prática que tira a alegria e a vida, como se fosse um enorme peso a carregar. Ora, a Lei de Deus é para a vida e a liberdade, ela é um caminho para a vida e a felicidade (cf. Dt 30,16). Jesus, manso e humilde, se oferece para aliviar tal peso. A lei do Senhor é a lei do amor (Jo 15,12). No amor não há temor nem amargura.

Carlos Alberto Contieri, sj – www.paulinas.org.br

ORAÇÃO AO DIVINO PAI ETERNO

Aqui estamos para prestar-vos a nossa homenagem.

Nós cremos em vós, Pai Eterno, nosso Pai e nosso Criador.

Confiamos em vossa bondade e poder.

Queremos amar-vos sempre, cumprindo vossos mandamentos e servindo ao vosso Filho Jesus, na pessoa de nossos irmãos.

Nós vos damos graça pelo vosso amor e pela vossa ternura.

Vós nos atraís ao vosso Santuário e nos acolheis de braços abertos. Vós nos guiais com os ensinamentos do vosso Filho, Nosso Senhor, e nos dais sempre o vosso perdão.

DIVINO PAI ETERNO, QUEREMOS CONSAGRAR A VÓS:

Nossas famílias, para que vivam em paz e harmonia;

Nossas casas, para que sejam iluminadas pela vossa presença.

Nossas alegrias, para que sejam santificadas pelo vosso amor.

Nossas preocupações, para que sejam acolhidas em vossa bondade;

Nossas doenças, para que sejam remediadas com a vossa misericórdia;

Nossos trabalhos, para que sejam fecundos com a vossa bênção.

DIVINO PAI ETERNO,

Recebei a homenagem da nossa fé, fortalecei a nossa esperança e renovai o nosso amor. Dai-nos o dom da paz e da fidelidade à vossa Igreja. Pela intercessão de Nossa Senhora, mãe do vosso querido Filho, dai-nos a perseverança na fé e a graça da salvação eterna.

Amém!

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