Em quatro anos 10 mulheres foram mortas na região de Manhuaçu

Nos últimos quatro anos, 10 mulheres foram vítimas de feminicídio na região de Manhuaçu. A informação consta em um levantamento divulgado pelo 12º Departamento de Polícia Civil, esta semana, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Os dados apresentam feminicídios dos anos de 2020 a 2023. Todas as cidades da região abrangida pelo 12ª DPC onde ocorreram essa modalidade criminosa estão citadas no relatório e as cidades que não foram citadas são as que não tiveram registros de casos no período da pesquisa.

Segundo levantamentos, na área da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil, sediada em Manhuaçu e com mais 23 municípios, foram três feminicídios em 2023, quatro em 2022, um em 2021 e outros dois em 2020.

Durante os estudos, também foram divulgadas as taxas para cada 10.000 mulheres, conforme explicou o Delegado-Geral de Polícia, Gilmaro Alves, chefe do 12º Departamento.

Essa taxa, significa o número de mulheres vítimas, dividido pelo número total de mulheres em uma cidade (com base nos dados do IBGE de 2022), multiplicado por 10.000. Toda a região de Manhuaçu apresentou uma taxa de 0,17. Entre as cidades que compõem a região de Manhuaçu, foram dois feminicídios em Simonésia (taxa de 2,07) e um em Santana do Manhuaçu (taxa de 2,28).

Por regional, a maior taxa é nas áreas de Caratinga e Ponte Nova com 0,29; depois Ipatinga 0,24; Manhuaçu com 0,17; e João Monlevade com 0,11. A regional de Itabira não registrou feminicídio em 2023.

As outras cidades que registraram feminicídios em 2023 foram: Ipatinga (três), Coronel Fabriciano (um), Mesquita (um), Santana do Paraíso (um), Timóteo, um Caratinga (dois), Bom Jesus do Galho (um), Santa Bárbara do Leste (um), João Monlevade (um), Acaiaca (um) e Jequeri (um).

Considerando todas as regiões, foram registrados em 2023 as seguintes quantidades de femicídios: Sete em Ipatinga, quatro em Caratinga, um em João Monlevade, dois em Ponte Nova e três em Manhuaçu. As regiões de Itabira e Manhuaçu tiveram uma queda no número em comparação ao ano de 2022, enquanto Ponte Nova teve números repetidos de 2022 e as regiões de Ipatinga, Caratinga e João Monlevade tiveram aumento comparado com 2022.

Nem todo assassinado de mulher é um feminicídio. Para se enquadrar o assassinato de uma mulher como crime de feminicídio, é necessário que o autor tenha cometido o ato em razão de violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Dessa forma, nem todos os assassinatos de mulheres são considerados feminicídios.

Ao analisar toda a área do Departamento, as maiores taxas foram observadas em Mesquita (região de Ipatinga), Bom Jesus do Galho, Santa Bárbara do Leste (região de Caratinga), Acaiaca, Jequeri (região de Ponte Nova), Santana do Manhuaçu e Simonésia (região de Manhuaçu). A cidade de Acaiaca teve a pior taxa na área do Departamento, com 4,97.

Analisando a população feminina de todo o departamento e o número de feminicídios, a taxa foi de 0,19 para cada grupo de dez mil mulheres. Segundo o Delegado Gilmaro Alves, o ideal seria uma taxa zero, mas os números do departamento estão abaixo de várias outras regiões do Brasil.

Apesar disso, diversos projetos vêm sendo lançados pela Polícia Civil de Minas Gerais em parceria com outras instituições para a diminuição constante da incidência dessa modalidade criminosa, sendo que o 12º Departamento de Polícia Civil de Ipatinga tem investido em ações específicas de combate ao feminicídios em todas as regiões, como foco nas localidades em que se percebeu aumento de taxas.

Informações Polícias Civil/Militar

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