Governo e BDMG lançam Plano Safra e Funcafé com R$ 618 milhões em crédito

O Governo de Minas, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), lançou, nesta terça-feira (1/8), o Plano Safra e o Funcafé 2023/2024, que terão R$ 618 milhões em crédito para financiar o agronegócio no estado.

O valor é mais do que o dobro do oferecido na safra anterior pelo banco por meio dos dois programas.

O governador Romeu Zema e o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, participaram da cerimônia, que contou com a presença de empresários e representantes de cooperativas e entidades do setor.

O destaque para esta edição do programa é o crescimento na disponibilidade de crédito, que conta com aumento de mais de 1.000% nos recursos oferecidos pelo banco por meio do Plano Safra, do Ministério da Agricultura e Pecuária, alcançando R$ 385 milhões para financiar o agronegócio em Minas Gerais. Soma-se a isso os recursos provenientes do Funcafé, cuja fatia a ser trabalhada pelo BDMG chega a R$ 232,6 milhões.

O governador elogiou a gestão à frente do banco e os programas que estimulam o desenvolvimento do estado. “Quero dar os parabéns ao Gabriel Viégas e a toda a equipe do BDMG, que têm feito um trabalho exemplar. O banco nesse período tem batido recordes de empréstimos e de resultados, porque só emprestar não é suficiente, é necessário receber e ter resultado. E isso tem acontecido praticamente em todas as estatais de Minas Gerais, que têm batido recordes de valor em bolsas. Isso demonstra que uma gestão séria e comprometida, focada no desenvolvimento, dá resultado. Fica aqui o meu reconhecimento”, disse.

Energia

Ele ressaltou ainda outras medidas adotadas pelo Governo de Minas que contribuem para que o estado siga gerando emprego e renda e trazendo mais infraestrutura para os produtores. “Desenvolvimento econômico é algo que conta com uma série de questões, não é só empréstimo que resolve. É preciso energia elétrica, por exemplo. A Cemig criou uma área específica para atender o setor rural, que nós sabemos que ainda carece de energia em quantidade e qualidade suficiente. E com o tempo nós temos sanado esse problema. A Cemig está conduzindo o maior programa de investimento da história da empresa, de mais de R$ 40 bilhões. Mas você não consegue pegar uma estrutura sucateada em um estado do nosso tamanho e recuperar isso em um ou dois anos. É um trabalho que vai levar algum tempo, mas que já foi iniciado. Inclusive, duas semanas atrás, estive em Nova Serrana para inaugurar a subestação nova de número 71, das mais de 200 que a empresa está fazendo”, ressaltou.

“Vamos levar energia trifásica para os mais de 500 mil micro e pequenos produtores rurais do estado. A energia que temos hoje é para ligar um chuveiro ou uma televisão, não para ligar uma bomba para irrigar a propriedade. Estamos melhorando as estradas, um trabalho que leva tempo também, porque sem estrada boa não tem como escoar a produção. Temos simplificado a parte tributária. Então, são muitas mudanças que ainda precisamos fazer, mas estamos no caminho certo. Estamos agora caminhando para atingir a meta de um milhão de empregos gerados em MG, e o agro vai participar ativamente. Tenho a certeza de que a vida do mineiro está melhorando nos últimos anos e vai continuar melhorando porque teremos muitas entregas”, finalizou o governador Romeu Zema.

Para o presidente do BDMG, Gabriel Viégas, o programa vai incentivar ainda mais a produção do agro no estado. “Nos últimos 12 meses, mais de um terço dos desembolsos do BDMG foi para o setor agro. Temos, portanto, uma forte atuação nesse segmento e os recursos recordes advindos do Plano Safra, somados aos recursos que já aplicamos no setor, poderá ampliar em mais de 20% nossa contribuição nesta safra que se inicia. Importante reforçar que vamos conseguir apoiar novas iniciativas em função das novas linhas de crédito que ofereceremos”, destacou.

Oferta de crédito 

Para a nova safra, o BDMG expandiu o número de linhas oferecidas ao setor agro.

Com isso, o banco vai aumentar seu escopo de atuação, como no caso do financiamento à ampliação, modernização, reforço e construção de armazéns para a guarda de grãos, frutas e tubérculos, entre outros.

Chamada PCA, a linha é destinada a cooperativas de produção, sendo a de menor taxa de juros dentro do Plano Safra: 7% ao ano, com 144 meses para pagamento e carência de dois anos. Esse tipo de financiamento tem uma demanda cada vez maior, uma vez que a produção no estado tende a crescer 10,6% no próximo ano e a armazenagem permite um melhor planejamento da venda dos grãos.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, também participou do evento e destacou que “o agronegócio mineiro continuará sendo uma das forças da economia do estado”.

“Essa liberação de recursos é muito importante para o agronegócio mineiro. O Ministério da Agricultura confirmou a nossa expectativa de continuarmos aumentando a produção nos próximos dez anos. Há previsão de aumento para as culturas de soja, cana de açúcar, trigo e milho”, disse.

O BDMG também vai oferecer crédito para incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; apoio e fomento a setores de produção agropecuária; incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas; capital de giro; e incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável e redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias. Esta última, com taxa de juros de 8,5% ao ano.

Café 

Para apoiar a produção de café, setor em que Minas Gerais é líder nacional, o banco seguirá oferecendo três tipos de crédito: Comercialização, que permite financiar cooperativas em valor equivalente à quantidade de produto armazenado para venda futura em melhores condições de mercado; o FAC, que consiste no financiamento da compra do café diretamente dos produtores rurais; e Capital de Giro.

Pelo terceiro ano consecutivo, o BDMG encerrou a última safra liderando em valores liberados entre as instituições financeiras que atendem às três linhas no país.
Foram 100% dos recursos destinados ao banco desembolsados, totalizando quase 5 mil produtores rurais impactados em todo o estado. Desde a safra 2014/2015, o banco já financiou R$ 2 bilhões à produção cafeeira mineira via Funcafé.

Para a nova Safra, os R$ 232,6 milhões que caberão ao banco serão oferecidos com taxa fixa de 11% ao ano e prazos que variam de 12 a 24 meses.

Homenagem 

Durante o evento, como reconhecimento à importância das cooperativas para o fortalecimento do agronegócio de Minas Gerais, foram entregues homenagens a Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupe), maior cooperativa de café do estado, e para a Cemil, umas das maiores do segmento leiteiro, com mais de 30 anos de história.

Informações Agência Minas

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