Manhuaçu: Panorama da dengue é apresentado em reunião do Comitê

Apesar das temperatura amenas, ainda é preciso continuar no combate ao mosquito Aedes aegypti, este é o apelo que a equipe da Vigilância em Saúde fez a membros do Comitê de Enfrentamento a Dengue, que se reuniu pela terceira vez em 2023, nesta quarta-feira (24/05), no salão da Secretaria de Cultura e Lazer. O Comitê é estabelecido pelo decreto número 263 de 26 de março de 2013 e é composto por vários órgãos da administração pública e da sociedade civil.

Foi apresentado aos membros presentes um panorama epidemiológico e dados sobre o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) de maio de 2023, além das ações em comunicação realizadas pela Prefeitura de Manhuaçu.

“O trabalho tem sido intenso para combater a propagação da doença. Recebemos a força-tarefa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, uma equipe atuou em um primeiro momento em Vilanova e depois vieram para o bairro Petrina, agora chegou uma nova equipe que está fazendo um trabalho de aplicação de inseticida dentro das casas no bairro Petrina, onde temos o maior número de caso na cidade”, detalhou Emilce Estanislau Muniz, coordenadora da Vigilância Ambiental.

A preocupação neste momento é com os ovos do mosquito, que são resistentes, podendo permanecer em local seco por até 450 dias. “Apesar de termos tido dias mais frios, onde o mosquito dá uma trégua, precisamos estar atentos a dias como hoje (24), onde choveu e a temperatura deu uma pequena elevada, é neste momento que o ovo eclode e nasce o mosquito. Precisamos eliminar os criadouros, e para isso é preciso que a população colabore com o nosso trabalho e faça a vistoria e deixe o agente de endemias entrar na sua casa”, comentou Emilce.

Número de casos

No último boletim divulgado nesta quarta-feira (24/05), foram 3.404 casos e 01 óbito confirmado por dengue em Manhuaçu, o que coloca o município dentro da zona roxa, quando a incidência de casos ultrapassa de mil dentro de uma população de 100 mil habitantes, conforme dados da Vigilância Epidemiológica. O município ainda não registrou casos confirmados de zika e chikungunya.

LIRAa de maio

Durante a reunião também foi apresentado os dados referente ao LIRAa (Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti, realizado no mês de maio em Vilanova e na sede do município. O índice serve para identificar o nível de infestação do mosquito Aedes Aegypti presente no ambiente.

Em Vilanova o índice ficou em 5,2%, o que representou uma queda de 32,5% em relação a janeiro, quando o índice ficou em 7,7%. O principal criadouro do mosquito no distrito é o lixo, onde foram encontrados o maior índice de ovos e larvas.

Já na sede do município, o LIRAa ficou na casa dos 3%, com uma queda de 57,75% em relação ao levantamento no início do ano, quando foi registrado 7,1% de infestação. O lixo também foi um dos principais locais onde foram encontrados criadouros, mas os depósitos fixos e móveis, como geladeira, vasos de plantas, entre outros, dentro das casas, também estão entre os locais onde o Aedes aegypti foi encontrado.

“Apesar das quedas, ainda estamos acima do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável, que é 1%. O índice de Vilanova está em nível de alto risco e o da sede em médio risco. Se continuar com essa infestação, a dengue que antes era considerada uma doença com grande número de casos no verão, nós vamos ter casos de dengue o ano inteiro e torcendo para que não tenhamos casos de zika e chikungunya”, alerta Emilce.

SECOM Prefeitura de Manhuaçu

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