Há anos o Brasil tem um inimigo que volta e meia causa grandes transtornos na saúde pública, principalmente no verão, que é o Aedes aegypti. Por conta disso, a equipe médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manhuaçu recebeu na tarde desta segunda-feira (06), uma capacitação sobre arboviroses. O objetivo é reforçar o protocolo de diagnóstico, já que a dengue, zika e chikungunya, doenças causadas pelo mosquito, podem ser confundidas com outras enfermidades, como a Covid-19, por exemplo.
A capacitação foi dada pelo médico infectologista Dr. Tiago Heringer, que reforçou ser necessário esse momento de conhecimento. “Os números aumentaram, durante o ano pandêmico houve uma queda, mas assim que acabou a pandemia, os níveis já se elevaram em proporções maiores do que esperado, então agora é hora de conscientizar, diagnosticar corretamente. Muitos deles (médicos) nem se depararam com os piores momentos das arboviroses, então é importante passar esse conhecimento”.
A coordenadora da Vigilância Ambiental, Emilce Estanislau Muniz, destaca que a notificação e o diagnóstico correto ajudam na contenção de casos das doenças causadas pelo Aedes aegypti. “É necessário que o profissional tenha clareza qual protocolo ele vai seguir na suspeita, fazer a notificação mesmo que haja apenas suspeitos, para ter uma investigação e para que a equipe de endemias possa, na suspeita, ainda fazer bloqueio necessário para que a doença não avance. É necessário que a equipe esteja muito bem afinada e que o nosso paciente, possa ter um tratamento e um encaminhamento adequado, com isso a gente preserva vidas”.
Sobre a chikungunya, que tem preocupado autoridades sanitárias brasileiras por conta da epidemia que o Paraguai vive atualmente, a coordenadora fala que esta capacitação também tratou do assunto e que a vigilância está em alerta. “Todo o Brasil já recebeu esse alerta em relação a chikungunya. Há anos atrás nós tivemos epidemias próximas de nós aqui, Governador Valadares sofreu uma grande epidemia de chikungunya. Ela é uma das arboviroses e é uma grande preocupação nossa, porque nós temos uma circulação muito grande de pessoas na região, recebemos pessoas do país inteiro e até de fora do país. Então essa vigilância, esse cuidado com o paciente e como eu disse também o bloqueio, nós não podemos deixar essa doença entrar no município, pois é uma doença grave e que deixa sequelas”.
SECOM Prefeitura de Manhuaçu
