O LIRAa (Levantamentos Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) do mês de outubro de 2022 teve um aumento de 83% em relação ao levantamento realizado em julho deste ano (0,6%). O índice que agora apresentou 1,1% de infestação pelo mosquito, representa risco médio, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar do valor ser 72% menor que o levantamento de outubro de 2021, o índice preocupa pois em dois estratos da cidade onde ocorreram a pesquisa, o aumento do número de focos ficou na casa dos 200% em relação a julho deste ano. “A maioria dos focos foram em depósitos fixos, dentro dos imóveis, tipo um ralo, um reservatório de degelo da geladeira, caixa de descarga, calha do telhado, laje, que são pontos fixos. Também em lixo, ou seja, materiais que foram descartados de maneira inadequada, como fora do horário, do dia, e que ficam soltos no meio ambiente, no próprio quintal do imóvel ou em terrenos baldios, que é o que a gente encontrou na maioria. É a falta de cuidado do cidadão”, detalhou Emilce Estanislau Muniz, coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde.
A coordenadora faz uma alerta, pois a tendência é que esse índice aumente, caso a população não colabore. “O próximo LIRAa vai acontecer no início de janeiro, depois de ter tido um volume de chuva muito maior, de temperatura também muito alta, os ovos que ainda estão no ambiente vão eclodir, vão virar adulto e fazer mais depósito de ovos no ambiente, então é esperado que o de janeiro esteja bem mais alto que com relação ao de outubro. Estamos aproveitando o final do ano letivo das escolas, fazendo palestras, conclamando os alunos para levar informação para casa das suas famílias, de pelo menos uma vez por semana fazer uma boa revista no seu imóvel, que seja sua casa, seu local de trabalho, seu comércio, para poder interromper o ciclo do Aedes”.
Além de não deixar água parada, existem outras formas de se evitar que o mosquito se prolifere e que a pessoa seja picada. “Não basta apenas a pessoa tirar a água do recipiente, como a vasilha de água do animal ou até mesmo a piscina, tem que lavar com escova e sabão, para retirar os possíveis ovos do Aedes ali existentes. Outro aliado é o cloro, que pode ser colocado nos ralos das casas, principalmente os da área externa. E para não ser picado pelo mosquito, é necessário fazer o uso de repelente, mesmo se já estiver com a doença, assim você evita que outras pessoas ao seu redor adoeçam. No mais é manter os reservatórios de água cobertos, como caixas, cisternas, tambores. É cada uma fazendo a sua parte”, destaca Emilce.
Por isso vale relembrar os cuidados que devemos ter para combater o mosquito.
– Tampe os tonéis, caixas d’água e cisternas;
– Mantenha as calhas sempre limpas;
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
– Mantenha lixeiras bem tampadas;
– Deixe ralos limpos e com aplicação de tela, aplique cloro nos da área externa do imóvel;
– Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
– Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
– Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
– Atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;
– Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
– Verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.
SECOM Prefeitura de Manhuaçu
