Dormir mal arruína saúde e relações sociais, mostram estudos

A primeira lâmpada elétrica, inventada por Thomas Edison, veio ao mundo há 139 anos para revolucionar a noite. Com a vida noturna liberta da escuridão, atividades que precisavam findar ao pôr do sol ganharam novos horizontes. E os resultados são tão brilhantes quanto dramáticos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 45% da população global têm alguma dificuldade para dormir.

Nosso estilo de vida tem esmagado o tempo dedicado ao descanso. De acordo com o Gallup, instituto americano de pesquisas de opinião, em 1942 desfrutava-se diariamente de um período de oito horas de sono nos Estados Unidos. Em 2013, a média de horas dormidas já havia caído para 6,8. No detalhe, o resultado é ainda mais assustador: 40% da população dorme no máximo seis horas por noite. Por aqui, não é diferente. Dados da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia apontam que 45% dos brasileiros dormem mal e 52% acordam cansados.

Dormir entre sete e oito horas por noite não proporciona só uma vida mais longa, mas também uma vida mais interessante e inteligente. A criatividade, por exemplo, é intensificada após uma boa noite de sono, especialmente quando despertamos logo após a fase REM (Rapid Eye Movement, que tem esse nome porque nossos olhos ficam se movendo rapidamente). Essa é a fase mais profunda, em que os sonhos mais vívidos acontecem.

Um estudo da Escola de Medicina de Harvard, por exemplo, afirmou que acordar logo após essa fase do sono aumenta em 30% a habilidade de resolver palavras cruzadas de manhã.

Outros estudos também sugerem que dormir ajuda a resolver problemas complexos — em inglês, existe até uma expressão para isso, “let’s sleep on it”, que sugere dormir para conseguir solucionar melhor alguma questão.

Também já é bem consolidada entre os pesquisadores a ideia de que dormir é essencial para o aprendizado, para o desenvolvimento da linguagem e para a consolidação da memória.

Informações Revista Galileu

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