Semana do Aleitamento Materno alerta para importância da amamentação

Foto_Lorena_amamentandoEntre os dias 1º e 7 de agosto é celebrada, em cerca de 150 países, a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Em 2017, a semana traz como tema “Trabalhar juntos para o bem comum”, que tem como objetivo retomar a importância do trabalho em conjunto e enaltecer a relevância da sustentabilidade para o desenvolvimento da sociedade. O tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno neste ano responsabiliza toda a sociedade pela proteção e conservação do meio ambiente, por meio do aleitamento materno. A responsabilidade não deve ser direcionada somente para a mulher que amamenta, pois é preciso priorizar o fortalecimento da ação conjunta entre sociedade civil, movimentos sociais, especialistas e todos que lutam pelos direitos sociais, reprodutivos e humanos. “É essencial que existam políticas e programas bem estruturados, eficientes e adequadamente financiados e avaliados”, destaca Ana Paula Mendes, Coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

O leite materno é a alimentação ideal para as crianças e é considerado, devido sua composição de nutrientes, um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os dois primeiros anos de vida ou mais. “Dessa forma, o leite materno protege a criança contra doenças cardiovasculares na idade adulta, além de contribuir para o desenvolvimento cognitivo, conforme recomendação do Ministério da Saúde”, destaca Ana Paula.

No entanto, é comum que algumas mulheres encontrem dificuldades durante o processo de amamentação, como o excesso de leite nas mamas, machucados nos mamilos e má descida do leite.

Lorena Cruz, 30 anos, é mãe do Matheus, de oito anos, e da Maria Flor, de sete meses. O primogênito nasceu por parto prematuro e com baixo peso e, por esse motivo, ficou internado por 20 dias. “A primeira vez que o Matheus mamou em meu seio foi aos vinte dias de vida e a partir daí começou novamente a perder muito peso. Era meu primeiro filho, não tinha ninguém para me ajudar e tive que complementar a mamada com a fórmula”, conta Lorena.

Já com a segunda filha, hoje com sete meses, foi tudo diferente. “Maria Flor nasceu após 38 semanas gestacionais e mama desde o dia seguinte ao parto. Como trabalho à tarde, ela toma uma mamadeira de leite artificial, mas com muita dificuldade. No restante do dia fica somente no peito”, destaca Lorena.

A mãe conta, ainda, o quão importante para a criança e também para si é o momento da amamentação. “Minha filha nunca adoeceu, enquanto o Matheus estava sempre doentinho. Além disso, acredito que o vínculo mãe-criança fica muito mais forte”, afirma Lorena.

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável e não fazer uso de medicamentos que possam interferir na amamentação e doação. Em 2016, em Minas Gerais, 43 mil mulheres foram atendidas pelos Bancos de Leite Humano, gerando cerca de 8 mil litros de leite que foram destinados a 5 mil bebês prematuros ou doentes.

Para doar, é necessário que a mulher procure um dos Bancos ou Postos de Coleta de Leite Humano do estado. Em Minas Gerais, o Banco de Leite Humano da Maternidade Odete Valadares, que faz parte da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (FHEMIG) é referência e, atualmente, realiza cerca de 1.500 atendimentos e recebe doações de 260 a 300 litros de leite humano por mês.

Em Manhuaçu mais informações no Hospital César Leite.

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