Vida e Saúde: Corrida de rua aumenta a expectativa de vida

Emagrece, fortalece, socializa, melhora o bem-estar e agora até promove a longevidade. Estudo australiano publicado no Journal of the American Medical Association acompanhou mais de 200 mil adultos por seis anos para avaliar os benefícios da corrida. Segundo os pesquisadores, a corrida de rua em ritmo moderado diminui as chances de morte em até 44% e aumenta a expectativa de vida em cerca de seis anos em homens e em cinco anos em mulheres. Isso ocorre por causa da melhoria na absorção de oxigênio e a redução da pressão arterial, assim como melhora as funções cardíaca e respiratória. Nos corredores acompanhados pelo estudo, houve, ainda, diminuição das taxas do mau colesterol (LDL), estímulo da produção do bom colesterol (HDL), prevenção da osteoporose, diminuição da ansiedade e controle do estresse.

Mas despreparo faz mal. O fato de a corrida de rua ser uma prática democrática, que não exige mensalidades e testes de aptidão, é também um dos motivos para abusos que transformam possíveis benefícios em problemas. Segundo o fisioterapeuta e doutor em ciência da reabilitação Rafael Duarte Silva, coordenador do curso de fisioterapia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a principal causa de lesão em corrida é exatamente o despreparo. “Para correr uma prova de cinco quilômetros ou 10 quilômetros, a pessoa tem que treinar essa distância algumas vezes antes”, alerta o especialista. Segundo Frederico, os treinos devem começar com quilometragens menores, que podem ser aumentadas à medida que a pessoa vai treinando. “Mas as pessoas calçam o tênis e querem sair correndo sem ter feito qualquer atividade física antes, sem qualquer aconselhamento”, condena.

Para os interessados nas corridas de rua, inclusive com o intuito de participar de provas recreativas, Rafael indica preparação. “Não é interessante ser corredor de fim de semana. Quem quer correr no sábado ou no domingo precisa investir no treino durante a semana. Os treinos precisam ser progressivos e graduais”, alerta. Pessoa de grupo de risco, como aquelas acima do peso, com hipertensão e/ou diabetes, ou mesmo com casos dessas doenças na família, é essencial procurar um médico antes. Quem tiver alguma dor diagnosticada é importante procurar também um fisioterapeuta. O aconselhamento de um nutricionista, sobre o que comer antes e depois, também pode melhorar o rendimento. “Alterações posturais e excesso de peso são os principais impedimentos. Essas pessoas até conseguem fazer uma caminhada ou corridinha pequena, mas correr uma prova sobrecarrega”, explica.

www.estadodeminas.com.br

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