Jesus lhes disse: “Eu me vou, e vós me procurareis; mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”. Os judeus, então, comentavam: “Acaso ele irá se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir'”. Ele continuou a falar: “Vós sois daqui de baixo; eu sou do alto. Vós sois deste mundo; eu não sou deste mundo. Eu vos disse que morrereis nos vossos pecados. De fato, se não acreditais que ‘eu sou’, morrereis nos vossos pecados”. Eles lhe perguntaram: “Quem és tu, então?”. Jesus respondeu: “De início, isto mesmo que estou falando”. Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a julgar também. Mas, aquele que me enviou é verdadeiro, e o que ouvi dele é o que eu falo ao mundo”. Eles, porém, não compreenderam que estava lhes falando do Pai. Por isso, Jesus continuou: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que ‘eu sou’, e que nada faço por mim mesmo, mas falo apenas aquilo que o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque eu sempre faço o que é do seu agrado”. Como falasse estas coisas, muitos passaram a crer nele.
Comentário
A cruz de Jesus é símbolo do imenso amor até o fim (cf. Jo 13,1) e, ao mesmo tempo, da rejeição dos judeus à mensagem e à pessoa de Jesus. Esse é, exatamente, o pecado dos judeus denunciado por Jesus: a rejeição de sua própria pessoa e de sua missão, assim como de sua origem divina. O pecado está em não acreditar em Jesus, em se fechar à verdade de Deus. Mais ainda, a afirmação de Jesus sobre o pecado de seus opositores declara, de certa forma, inútil todo o sistema religioso judaico. Sem a aceitação da salvação em Jesus Cristo, não pode haver profunda e verdadeiramente a purificação e o perdão como se pretendia com a festa anual de yom kippur e todos os demais ritos e festas da religião de Israel. O apego às coisas terrenas e às tradições humanas impede de compreender o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo. É na cruz, no entanto, que a divindade de Jesus, paradoxalmente, se manifestará. Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho aparecerá sem sombra. Apesar de toda rejeição e abandono, o Pai estará sempre com seu Filho, permanecerá com ele na paixão e na morte.
Pe. Carlos Alberto Contieri – www.paulinas.org.br
ORAÇÃO AO DIVINO PAI ETERNO
Aqui estamos para prestar-vos a nossa homenagem.
Nós cremos em vós, Pai Eterno, nosso Pai e nosso Criador.
Confiamos em vossa bondade e poder.
Queremos amar-vos sempre, cumprindo vossos mandamentos e servindo ao vosso Filho Jesus, na pessoa de nossos irmãos.
Nós vos damos graça pelo vosso amor e pela vossa ternura.
Vós nos atraís ao vosso Santuário e nos acolheis de braços abertos. Vós nos guiais com os ensinamentos do vosso Filho, Nosso Senhor, e nos dais sempre o vosso perdão.
DIVINO PAI ETERNO, QUEREMOS CONSAGRAR A VÓS:
Nossas famílias, para que vivam em paz e harmonia;
Nossas casas, para que sejam iluminadas pela vossa presença.
Nossas alegrias, para que sejam santificadas pelo vosso amor.
Nossas preocupações, para que sejam acolhidas em vossa bondade;
Nossas doenças, para que sejam remediadas com a vossa misericórdia;
Nossos trabalhos, para que sejam fecundos com a vossa bênção.
DIVINO PAI ETERNO,
Recebei a homenagem da nossa fé, fortalecei a nossa esperança e renovai o nosso amor. Dai-nos o dom da paz e da fidelidade à vossa Igreja. Pela intercessão de Nossa Senhora, mãe do vosso querido Filho, dai-nos a perseverança na fé e a graça da salvação eterna.
Amém!