Jesus nasceu na cidade de Belém, na região da Judéia, quando Herodes era rei da terra de Israel. Nesse tempo alguns homens que estudavam as estrelas vieram do Oriente e chegaram a Jerusalém. Eles perguntaram:
– Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo.
Quando o rei Herodes soube disso, ficou muito preocupado, e todo o povo de Jerusalém também ficou. Então Herodes reuniu os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei e perguntou onde devia nascer o Messias. Eles responderam:
– Na cidade de Belém, na região da Judéia, pois o profeta escreveu o seguinte:
“Você, Belém, da terra de Judá,
de modo nenhum é a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de você sairá o líder
que guiará o meu povo de Israel.”
Então Herodes chamou os visitantes do Oriente para uma reunião secreta e perguntou qual o tempo exato em que a estrela havia aparecido; e eles disseram. Depois os mandou a Belém com a seguinte ordem:
– Vão e procurem informações bem certas sobre o menino. E, quando o encontrarem, me avisem, para eu também ir adorá-lo.
Depois de receberem a ordem do rei, os visitantes foram embora. No caminho viram a estrela, a mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi adiante deles e parou acima do lugar onde o menino estava. Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
E num sonho Deus os avisou que não voltassem para falar com Herodes. Por isso voltaram para a sua terra por outro caminho.
Comentário
Com a solenidade da Epifania do Senhor, encerramos o ciclo do Advento-Natal. Epifania é uma palavra de origem grega que significa, grosso modo, “o que aparece”, “manifestação”. Na antiguidade cristã, no Oriente, provavelmente em Alexandria, era a festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 6 de janeiro, festa à qual se associou a festa do Batismo do Senhor.
O que era uma promessa feita no século VI a.C., de que todos os povos seriam atraídos para a Luz (cf. Is 60,3), torna-se realidade com o nascimento de Jesus Cristo. No Ocidente, a partir de uma forte devoção desenvolvida na Idade Média, a Epifania passou a ser a “festa dos reis magos”, motivando a origem da festa popular denominada de “folia de reis”.
Os magos são atraídos e conduzidos por sua estrela. A solenidade da epifania, associada à visita dos magos do Oriente ao recém-nascido, Jesus de Nazaré, é a festa da universalidade da salvação de Deus. Desde todo o sempre, o Deus criador de todas as coisas quis atrair a si todas as pessoas. O texto deste domingo, do profeta Isaías, é só um exemplo, entre tantos outros. Com o nascimento daquele que é “o Sol de Justiça”, plenitude e razão de toda a criação, Deus reúne em torno do seu Filho único todos os povos. Em Jesus, o Senhor desperta nos povos o desejo de Deus. É essa realidade que São Paulo afirma na carta aos Efésios: “os pagãos são admitidos à salvação […], são beneficiários da mesma promessa” (Ef 2,6). Os “magos” são astrólogos ou astrônomos que viam nos movimentos das estrelas o sinal de um acontecimento importante. A evocação de Nm 24,17 é evidente na menção da estrela seguida pelos magos. O astro ilumina, orienta, está presente em todos os lugares e dá uma intensa alegria; alegria dada aos pastores, quando do anúncio do nascimento de Jesus pelos anjos (cf. Lc 2,10). Olhando para a estrela, chega-se a Deus feito homem. A inclinação diante do menino é o ato de reconhecimento e submissão ao rei, não somente dos judeus, mas de toda a terra. Os presentes oferecidos são a confissão da fé de todos os povos na divindade, na realeza e no sacerdócio do Verbo que assumiu a nossa humanidade. Com São Leão Magno podemos dizer: “instruídos nestes mistérios da graça divina, celebremos com alegria o dia das nossas primícias e o princípio da vocação dos gentios à fé e à salvação”.
Carlos Alberto Contieri,sj – www.paulinas.org.br
ORAÇÃO AO DIVINO PAI ETERNO
Aqui estamos para prestar-vos a nossa homenagem.
Nós cremos em vós, Pai Eterno, nosso Pai e nosso Criador.
Confiamos em vossa bondade e poder.
Queremos amar-vos sempre, cumprindo vossos mandamentos e servindo ao vosso Filho Jesus, na pessoa de nossos irmãos.
Nós vos damos graça pelo vosso amor e pela vossa ternura.
Vós nos atraís ao vosso Santuário e nos acolheis de braços abertos. Vós nos guiais com os ensinamentos do vosso Filho.
Nosso Senhor, e nos dais sempre o vosso perdão.
DIVINO PAI ETERNO, QUEREMOS CONSAGRAR A VÓS:
Nossas famílias, Para que vivam em paz e harmonia;
Nossas casas, Para que sejam iluminadas pela vossa presença.
Nossas alegrias, Para que sejam santificadas pelo vosso amor.
Nossas preocupações, Para que sejam acolhidas em vossa bondade;
Nossas doenças, Para que sejam remediadas com a vossa misericórdia;
Nossos trabalhos, Para que sejam fecundos com a vossa bênção.
DIVINO PAI ETERNO,
Recebei a homenagem da nossa fé, fortalecei a nossa esperança e renovai o nosso amor. Dai-nos o dom da paz e da fidelidade à vossa Igreja. Pela intercessão de Nossa Senhora, mãe do vosso querido Filho, dai-nos a perseverança na fé e a graça da salvação eterna.
Amém!