Manhuaçu: Governo diz que em 10 dias terá solução para o preço do café

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Manifestação em Realeza (arquivo MN)

As dificuldades, dívidas e preocupação continuam sendo as principais companheiras dos cafeicultores, que desde  o  início do ano perceberam que a situação poderia ficar complicada devido ao preço do café.

Para muitos, a condição financeira e  a necessidade de fazer empréstimo junto às agências bancárias foi inevitável. Começava aí, um verdadeiro martírio e um desespero devido a falta de uma política voltada para a cafeicultura. O período da colheita foi um momento crucial para os cafeicultores, que se viram na “berlinda” com a desvantagem do mercado para comercializar o produto, que ficou numa defasagem insuficiente para quitar todos os gastos até o momento da venda.

Ao perceber que os cafeicultores estavam no sufoco, as instituições ligadas ao setor cafeeiro iniciaram várias mobilizações, manifestação em rodovias, reuniões em Brasília para encontrar meios que pudessem salvar o produtor rural, que já estava totalmente endividado e sendo cobrado pela instituição bancária.

Reunião em Belo Horizonte com representantes do Governo

Na segunda-feira, 04/11, lideranças, presidentes de cooperativas, sindicatos e representantes de entidades foram convocados para uma reunião urgente, em Belo Horizonte, a fim de discutir com representantes do Governo Federal algumas possibilidades, para encontrar uma saída que seja favorável, que possa beneficiar os cafeicultores. Agora, todas as instituições do ramo cafeeiro estão se mobilizando, para buscar a alternativa imediata para o preço do café.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Manhuaçu, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e membro do Conselho dos Cafés das Montanhas de Minas, Lino da Costa e Silva,  o encontro foi bastante proveitoso. Lino da Costa e Silva ressalta que, os representantes de entidades puderam discutir com representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), além do Deputado Federal Silas Brasileiro, Carlos Meles e Roberto Simões (presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais), Breno Mesquita e a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu e presidentes de cooperativas de todo o Estado. Durante a conversa, Silas Brasileiro foi enfático ao dizer que os cafeicultores não devem vender a produção  agora. Mesmo sabendo que a situação é delicada, Silas Brasileiro espera que, num período de dez dias, o Governo Federal deverá dar um sinal positivo para a cafeicultura.  “Temos de salvar os pequenos e médios produtores, que estão desorientados. Mas, o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro se comprometeu que estará buscando alternativas em Brasília. Caso não consiga, uma grande mobilização estará acontecendo até à Capital dos Três Poderes”, frisa Lino da Costa e Silva.

Segurar o produto como estratégia

A esperança volta a tomar conta daqueles, que estão sofrendo com o descaso do Governo Federal e a falta de uma política que traga benefícios para os cafeicultores.

Percebendo o desespero de todos que vivem da cafeicultura, o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro reforçou a necessidade de os produtores segurarem o produto por mais algum tempo. Existe ainda a possibilidade da prorrogação da dívida do cafeicultor endividado.

Lino da Costa e Silva faz uma avaliação de que, não existe nenhuma alternativa senão a busca de solução em Brasília. Foi necessária também a interferência do Governador de Miinas, Antônio Anastasia, no sentido de  pedir ao Governo Federal para olhar a situação da cafeicultura mineira. “Ninguém deve vender o café por preço baixo. O deputado federal e presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro espera que, em dez dias os cafeicultores vão se sentir mais aliviados,  diante da crise que estão enfrentando  com o produto desvalorizado”, reforça o vice-presidente da FAEMG, Lino da Costa e Silva.

Eduardo Satil

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