SRS Manhuaçu mobiliza municípios para prevenção e controle da sífilis

Para destacar a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis, especialmente nas gestantes durante o pré-natal, e incentivar a participação de profissionais e gestores de saúde em ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de casos, desde o mês de julho a equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, em parceria com a Coordenação do Núcleo de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Manhuaçu tem realizado diversas ações junto aos 34 municípios de abrangência da SRS.

As ações, que visam implementar o Plano Estadual de Enfrentamento à Sífilis, também ressaltam a necessidade de reforço das ações locais de combate à doença, no sentindo de que foi proposto aos municípios no mês de julho.
Entre outras ações de saúde, o mês de outubro também é marcado por ações de combate a sífilis e à sífilis congênita. Uma infecção sexualmente transmissível que, no caso de gestantes, pode passar da mãe para o bebê. Muitas vezes, os sintomas são discretos e a procura tardia por tratamento pode causar complicações graves.
“Apresentamos os resultados do monitoramento do 2º quadrimestre do Plano de Enfrentamento à Sífilis ainda no final do mês de setembro, quando contamos com participação de quase todos os municípios. Dos 34 municípios de nossa SRS, 28 (82%) encaminharam seus planos municipais e apresentaram a execução de ações do plano. A 2ª devolutiva com dados das ações desenvolvidas no combate à sífilis pelos municípios, referente ao 3º quadrimestre, está marcada para o mês de dezembro”, destacou a coordenadora de Vigilância em Saúde da Regional, Raquel Assad.
“Mesmo com o foco no enfrentamento da pandemia de covid-19, as equipes da saúde continuam realizando as demais atividades no sentido de prevenir contra as outras doenças, sejam elas infecciosas ou não. A prevenção, promoção e assistência à saúde é um compromisso do Governo de Minas Gerais e de todos os trabalhadores da saúde”, destacou o superintendente regional de Saúde de Manhuaçu, Juliano Estanislau Lacerda.

Sobre a sífilis
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas, a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.

Todas as pessoas, sexualmente ativas, devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e até a morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

Os casos notificados de sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita na SRS-Manhuaçu, tem apresentado crescimento nos últimos 10 anos avaliados, conforme figura abaixo.

Fonte: SINAN Regional – dados atualizados em 27/10/21

O Plano de Enfrentamento à Sífilis, do Governo de Minas, prevê 49 ações visando à qualificação da Atenção à Saúde para prevenção, assistência, tratamento e vigilância da sífilis. A SRS-Manhuaçu tem apoiado e incentivado os municípios a realizarem mobilizações no mês de outubro com a recomendação de realização de ações que sensibilizem a população.

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