Correios: mais duas cidades de Minas dizem ‘não’ à privatização – Espinosa e Mutum

Foto: Agência Brasil

Espinosa, cidade da região Norte de Minas, e Mutum, localizada no Vale do Rio Doce, são os dois novos municípios no estado a se manifestarem contra a venda dos Correios. Com isso, Minas Gerais já possui 138 cidades que se posicionaram nesse sentido, votando em suas Câmaras Municipais proposições contra a privatização. Em Mutum, a iniciativa da moção em repúdio à venda da empresa pública teve autoria da vereadora Neila Oliveira (PT). Já em Espinosa, a proposição foi feita por três vereadores na última segunda-feira, 6/09: Maria Rita David Silva e Valdivino Ferreira da Silva (ambos do PT) e Dauri Garcia de Souza (PSD).

O total de 138 municípios mineiros que já se manifestaram em defesa da estatal reúne uma população de mais de 9,82 milhões de pessoas, segundo dados do último censo do IBGE. Esse quantitativo representa quase a metade de todos os moradores de Minas Gerais (20,87 milhões). Na lista de cidades, há localidades de todos os tamanhos – pequenos, médios e grandes centros urbanos. A relação inclui, entre outros municípios: a capital Belo Horizonte, Alfenas, Almenara, Araguari, Augusto de Lima, Barbacena, Betim, Buenópolis, Caeté, Contagem, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Itabira, Manhuaçu, Montes Claros, Ouro Preto, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Viçosa.

Ao serem aprovadas, as moções são enviadas às autoridades do Congresso Nacional e do Executivo Federal. A lista completa das cidades que já se manifestaram contra a venda dos Correios está disponível no site da Associação dos Profissionais dos Correios Regional Minas Gerais (ADCAP Minas). No site da Associação, também é possível conferir quem são os vereadores autores das iniciativas. Conheça também o Mapa das Moções – mapa interativo com os municípios mineiros que já disseram ‘não’ à privatização dos Correios.

Universalização dos serviços postais

Em 96% dos países do mundo, a gestão do serviço de correios é pública. Principalmente nas nações de dimensões continentais e nas maiores economias globais, as empresas de correio são do governo, como acontece no Canadá, China, EUA e Rússia. A principal razão para tanto é a universalização.

Aqui no Brasil, por exemplo, somente os Correios garantem acesso a certas oportunidades e serviços, principalmente para os pequenos e médios empreendedores. A empresa pública integra economicamente diversas regiões do território nacional, pois na maior parte dos municípios do País (60% do total), só há como representação do governo federal uma agência dos Correios.

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