Vigilância ambiental capacita agentes sobre Leishmaniose

A Vigilância Ambiental de Manhuaçu está capacitando os agentes comunitários de saúde e endemias sobre a leishmaniose. A capacitação está sendo ofertada em turmas menores por conta da pandemia e foi iniciada nesta quinta-feira (10/06), com turmas também nesta sexta-feira (11) e nos dias 17 e 18 de junho. O conteúdo está sendo passado pela Coordenadora da Vigilância Ambiental Emilce Estanislau e pelo veterinário da Clínica de Bem Estar Animal de Manhuaçu Rafael Rolim.

A Coordenadora da Vigilância Ambiental, Emilce Estanislau, explica sobre a capacitação. “A intenção é que eles estejam munidos de informação e sejam capazes, na rotina do seu trabalho, suas visitas domiciliares, reconhecer pacientes que supostamente poderiam estar com leishmaniose e encaminhá-los ao serviço de saúde, ao médico ou a enfermagem e, reconhecer também sinais clínicos nos animais, que também são portadores da doença para encaminhá-los a atendimento da clínica de bem-estar animal”.

Sobre o motivo da capacitação, Emilce explica que os casos da doença antes restrito a zona rural, agora tem surgido também na zona urbana do município. “Nós estamos vendo que a leishmaniose tegumentar, que é o que nós somos endêmicos aqui na região de Manhuaçu, está se urbanizando, até então a gente só tinha casos na zona rural, próximo as matas, das lavouras e de 2020 para cá, nós já temos registros de pessoas que não tem contato e nem frequenta a área rural, portadores positivos da doença. A doença que antes estava nos limites rurais, agora está se urbanizando, então nós precisamos deter o avanço da doença na zona rural e impedir que ela realmente se urbanize, tanto na sede do município, quanto nas sedes dos distritos”.

A coordenadora também fala que o importante é prevenir quanto ao surgimento de casos da doença, principalmente a forma visceral. “A leishmaniose tegumentar é mais simples, mais fácil de ser tratada e curada, mas compromete a saúde do animal que muitas vezes não tem tratamento e que às vezes vai ter que ser sacrificado. Nos preocupa a introdução da leishmaniose visceral, que até então nós não temos no município, mas nós temos proximidade com Ipanema, com Caratinga, que são municípios que têm registros todo ano de pacientes humanos com leishmaniose visceral, inclusive vindo à óbito. É uma doença que muitas vezes é negligenciada por todos e que a gente precisa fazer de tudo para que ela não entre no município de Manhuaçu. Nós temos registros de casos de animais com a doença e que tiveram que ser sacrificados, pois no caso da leishmaniose visceral no animal, ele tem que ser sacrificado imediatamente, então a gente precisa prevenir. A nossa intenção aqui é capacitar os nossos servidores para prevenção, andar um passo à frente das doenças, para que a gente não seja pego de surpresa”.

Informações Prefeitura de Manhuaçu

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