EUA apoiam quebra de patentes de vacinas contra covid-19

Os Estados Unidos, a Nação mais poderosa do mundo, anunciou que vai apoiar a quebra de patentes de vacinas contra a Covid-19. Na prática, se a medida foi mesmo concretizada, a produção e a distribuição de imunizantes contra a doença serão aceleradas em todo o mundo.

A decisão do governo Joe Biden representa uma mudança histórica dos Estados Unidos, que sempre defendeu a propriedade intelectual. “Trata-se de uma crise sanitária mundial e as circunstâncias extraordinárias da pandemia de Covid-19 exigem medidas extraordinárias”, explicou a representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, em um comunicado.

Anteriormente, os Estados Unidos se posicionava totalmente contra a quebra das patentes, ao lado do Reino Unido, Suíça e nações europeias. A proposta de quebra de patentes das vacinas contra a Covid-19 foi apresentada pela África do Sul e Índia junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) no final de 2020. A ideia foi poiada por dezenas de países em desenvolvimento. O Brasil, entretanto, se posicionou contra.

Decisão “monumental”

A decisão do governo norte-americano de apoiar a quebra de patentes das vacinas contra a covid-19 foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “monumental”. Para o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, o presidente Joe Biden é um “exemplo de liderança internacional” e uma referência “moral”.

“Foi um passo fundamental na direção do consenso de que proteger vidas é mais importante do que proteger direitos de propriedade intelectual”, celebrou a organização Médicos Sem Fronteira.

“É também uma oportunidade para que países como o Brasil retomem sua posição histórica de colocar a saúde pública acima dos interesses comerciais”, disse Felipe Carvalho, coordenador no Brasil da entidade.

De acordo com a OMS, foram administradas em todo o mundo, um total de 1,1 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19. Todavia, 80% dessas doses foram aplicadas por países ricos e ou de renda média. Nos países mais pobres, apenas 0,3% dos habitantes receberam vacinas.

Só que não adianta vacinar apenas as pessoas de países ricos, se a maioria da população de países pobres ficar excluída. Isso porque o coronavírus vai continuar circulando pelo mundo e novas cepas do vírus certamente surgirão, o que significa que a pandemia continuará assombrando o planeta.

Ou seja, só estaremos livres da Covid-19 quando houver vacinas para a grande maioria dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta Terra.

Fonte: Boas Novas

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