VIDA E SAÚDE: Mais dois tipos de transtorno alimentar

Compulsão alimentar

Ao lado de anorexia e bulimia, a compulsão alimentar faz parte da tríade clássica dos transtornos alimentares. Nela, a questão é o exagero mesmo: a pessoa devora uma

quantidade enorme de comida. Alguns chegam a ingerir de 4 mil a 15 mil calorias em poucos minutos — a média recomendada para um adulto saudável são 2 mil calorias por dia.

Aqui, não acontece nenhuma tentativa para eliminar esses alimentos, como vômitos ou remédios. Esses ataques súbitos de gulodice são motivados por dilemas emocionais, como ansiedade e estresse. “Falamos de um problema grave de saúde pública, pois muitos dos portadores desenvolvem obesidade grave”, ressalta Fátima.

É importante diferenciar também episódios isolados de algo mais crônico e preocupante: exagerar vez ou outra no rodízio de pizzas ou na churrascaria não é reflexo de uma doença psiquiátrica.

Tare

Sigla para transtorno alimentar restritivo evitativo. É o quadro típico de crianças que se recusam a comer um grupo alimentar específico por motivos que vão de aparência e cor a odor, textura, temperatura e paladar. Há quem não experimente nada que seja amarelo, outros fogem de purês e papas, um terceiro grupo evita frutas e verduras, e assim por diante.

Claro que todo mundo tem suas manias e preferências nos primeiros anos de vida, mas deve-se ligar um sinal de alerta quando essa restrição impede o consumo de nutrientes essenciais, que impactam o desenvolvimento infantil e podem levar a déficits importantes.

Recentemente, um jovem britânico de 17 anos vítima de Tare perdeu a visão porque só se alimentava de batata frita e pão branco. A ausência de vitaminas e minerais em sua dieta foi tão grave que lesou o nervo óptico, responsável por captar e transmitir os estímulos de luz do ambiente ao cérebro.

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