Irmã Dulce é santa: a fé faz milagres quando saímos de nós mesmos

Irmã Dulce é santa. A celebração litúrgica com o rito da canonização reuniu cerca de 50 mil pessoas na Praça São Pedro. Com o “Anjo bom da Bahia”, foram canonizados também João Henrique Newman, Josefina Vannini, Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, e Margarida Bays.

A cerimônia teve início com o rito da canonização: o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, acompanhado dos postuladores, foi ao Papa Francisco e pediu que se procedesse à canonização dos beatos. O cardeal apresentou brevemente a biografia de cada um deles, que foram então declarados santos. Seguiu a ladainha dos santos e o Pontífice leu a fórmula de canonização.

O prefeito da Congregação, sempre acompanhado dos postulares, agradeceu ao Santo Padre e o coral entoou o canto do Glória. Na homilia, o Papa Francisco comentou o Evangelho deste 28º Domingo do Tempo Comum, que narra a cura de 12 leprosos.

Presença de brasileiros

O sol mal tinha nascido e a Praça de São Pedro, no Vaticano, já começava a ser colorida de verde e amarelo. Centenas de peregrinos brasileiros acordaram cedo para acompanhar a cerimônia de canonização de Irmã Dulce. De Salvador, terra da Santa, Cleber Brandão veio com um grupo de duzentos peregrinos. Devoto da primeira santa brasileira, ele conta que conheceu Irmã Dulce quando criança. “Ela já era bem conhecida em Salvador e muito admirada por todos, quando eu cheguei perto dela eu fiquei tão nervoso que ao invés de beijar a mão dela ela beijou a minha mão”, recorda o empresário.

Dona Maria das Neves Brandão também veio a Roma para a canonização. Aos oitenta e um anos se recorda do tempo que ajudava Irmã Dulce nas obras sociais. Para a aposentada, o momento é de extrema alegria. “Estar aqui hoje é um grande presente de Deus. Eu sempre amei e admirei Irmã Dulce e estou muito gata por estar aqui hoje.”, se emociona.

Também de Salvador, o casal Jackson Silva e Maria Perpétua Silva eram só emoção na Praça de São Pedro. Jackson é do Ceará e há trinta anos mora em Salvador. Assim que chegou à cidade conheceu a Obra Social de Irmã Dulce e passou a contribuir com o trabalho da freira baiana. “Além da doação, eu compro imagens de Irmã Dulce e distribuo nos hospitais para doentes. Recentemente, um conhecido fez uma cirurgia delicada, conseguiu a cura e atribui à devoção que teve início com uma das imagens que doei”, explica.

Histórias de amor e devoção à Irma Dulce se espalham pela Praça. Entra os baianos ela já é chamada de Santa há muitos anos. É assim que Ana Paula Doria se refere à santa. Ela é criadora do grupo “amigas de Dulce” que realiza trabalhos sociais em Salvador e ajuda na organização dos eventos beneficente da Obra de Irmã Dulce. “Nosso propósito é espalhar o amor, o amor em todas as situações. Foi isso que aprendemos com ela e queremos espalhar pelo mundo”, diz.

Quem também está na Praça São Pedro é a atriz Bianca Comparato, que interpretou irmã Dulce no filme “Imã Dulce”, em 2014. Ela não conhecia a história de Irmã Dulce e ficou devota depois da gravação e foi a Roma especialmente para a canonização. “Irmã Dulce foi uma grande mulher, humanitária, e que realizou um trabalho além da religião. Ela fez um bem para o mundo ao mostrar que o amor ao próximo representa cuidar de qualquer pessoa”, diz.

Segundo o Vaticano, são cerca de quinze mil os brasileiros na Praça São Pedro para a canonização. Entre o público o sentimento é um só: amor. Amor pela santa, pela causa e pela história de vida de quem propagou o bem através da fé.

Informações Canção Nova

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