Dia Nacional da Saúde é marcado por ato em defesa do SUS. Conselheiros de Manhuaçu presentes

 

Na data que marca o “Dia Nacional da Saúde”, 5 de agosto, na segunda-feira, a Conferência Nacional de Saúde abriu sua programação com ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Tendo iniciado no domingo, o evento ocorre em Brasília até esta quarta-feira. A manifestação reuniu gestores públicos, profissionais, autoridades e usuários da rede de atendimento. Dois representantes de Manhuaçu estão na Conferência: Chardson Paixão e José Rodrigues, membros do Conselho Municipal de Saúde.

A Conferência Nacional de Saúde é o fórum máximo de reunião de diversos segmentos relacionados à área, como gestores públicos das três esferas da Federação, profissionais, usuários do sistema e pesquisadores do tema. Entre seus objetivos estão avaliar a situação do setor no país e elaborar propostas a diversas instituições públicas, do Executivo ao Judiciário, voltadas à promover este direito.

Segundo os organizadores, é também propósito do evento reafirmar, impulsionar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), para garantir a saúde como direito humano, a sua universalidade, integralidade e equidade do SUS, com base em políticas que reduzam as desigualdades sociais e territoriais”.

O ato deste dia 5 representou uma iniciativa para levar essas posições à rua, reunindo milhares de participantes em uma manifestação no centro de Brasília. Segundo os organizadores, apesar de constar na programação, o ato teve um caráter “paralelo” ao evento, não fazendo parte da agenda oficial. Na atividade, representantes dos diversos segmentos que participam da Conferência falaram sobre a importância da preservação do SUS e de seu modelo.

A presidente da União Nacional dos Auditores do SUS (UNASUS), Solimar Mendes, destacou a necessidade de reiterar o modelo do SUS e os princípios previstos na Constituição Federal para a área de saúde no país, como as obrigações do Estado em relação ao atendimento da população e no tocante à participação e fiscalização materializadas em instâncias de controle social, como os conselhos de saúde. “Temos que defender a saúde como direito. O SUS não pode perder o seu controle social. É preciso fortalecer os conselhos e o sistema de auditorias”, defendeu a auditora.

 

Para o coordenador-adjunto da Conferência, Ronald Ferreira, a manifestação busca reafirmar o modelo do SUS e seus princípios. “O SUS coloca o território como referência, mas é o hospital que está ganhando. A lógica é focada na promoção da saúde, mas é o olhar voltado à doença que está ganhando. A base construída é em cima de equipes multiprofissionais, mas esta está perdendo para a centralidade do médico”, elencou.

Uma das bandeiras do ato e tema da Conferência é a melhoria do financiamento da saúde. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, uma das principais reivindicações dos participantes é o fim da Emenda Constitucional 95, que restringiu parte do orçamento público (como a destinada à área e a outros setores, como educação), permitindo aumento somente até a inflação do ano anterior.

“Nós defendemos o fim da EC 95. Inclusive estamos dialogando com Congresso sobre flexibilização no que diz respeito à saúde e educação. A emenda está gerando prejuízos em todo o Brasil. Dados da Organização Panamericana de saúde mostram o problema, e nós vemos no dia-a-dia a diminuição do atendimento, a volta de doenças que não existiam mais, demora maior nas consultas e exames e falta de medicamentos. Tudo isso é consequência da falta de financiamento do SUS”, analisou.

Informações Agência Brasil

 

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