PM prende suspeito de anunciar locais em blitz pelo WatsApp

Um rapaz de 20 anos foi preso na quarta-feira (06/03), no bairro Santa Cruz, em Caratinga, suspeito de atentar contra serviço de utilidade pública.

Segundo tenente Jefferson, da Polícia Militar, o jovem administrava um grupo de WhatsApp que informava aos membros a localização de viaturas, blitz e operações policiais.

“Nós entendemos que ele atentou contra os serviços prestados pela PM, sobretudo por meio de encorajamento de infratores, de pessoas mal intencionadas que – através das informações postadas nestes grupos – tomavam conhecimento dos locais onde estavam concentradas as viaturas policiais ou onde estavam ocorrendo determinadas operações e, certamente, encorajava estes infratores a atuarem e locais diversos.”

Ele foi preso em flagrante e conduzido até a Delegacia de Polícia Civil de Caratinga: “Ele foi conduzido à delegacia pelo cometimento do crime capitulado no artigo 265 do Código Penal, que é atentar contra serviço de utilidade pública. É de conhecimento da Polícia Militar que outras pessoas na cidade de Caratinga e região também administram ou mesmo participam de grupos de WhatsApp semelhantes, incorrendo no mesmo crime, que tem previsão de prisão de um a cinco anos, além de multa.”

Tenente Jefferson falou também sobre os participantes destes grupos. “Os membros que estejam, de alguma forma, contribuindo para a inserção de informações no grupo, ou que a gente entende que, de alguma forma, estejam sendo beneficiados ou que utilizem destas informações para práticas delituosas, podem ser responsabilizados sim. Conforme eu disse, o Serviço de Inteligência e todos os policiais militares já estão atentos a esta situação e, certamente, nós iremos detectar, em breve, outros indivíduos que estão incorrendo em práticas semelhantes, e adotaremos as providências em relação a estas pessoas também.”

À imprensa, o rapaz disse que não foi ele quem criou o grupo: “A verdade é que um amigo meu (de infância) criou o grupo e colocou aproximadamente oito administradores – pessoas que eu não conheço. Ele falou assim: ‘Ô, convida um monte de amigo seu e põe no grupo’. Aí eu falei com ele: ‘Ô rapaz, o pessoal que eu tenho no WhatsApp é só de trabalho’. Aí, como eu não coloquei mais ninguém, ele adicionou esses outros administradores – que eu não conheço. Com isso, houve uma ‘bateção’ de boca no grupo, um dos administradores (sem ser esse amigo meu) me excluiu e me chamou no privado. Ele começou a falar um monte de coisa, que o grupo era dele, me xingou e nós discutimos pelo WhatsApp. Meu amigo também me chamou no privado e perguntou o que aconteceu. Eu contei que dos caras que ele colocou como administrador me tirou do grupo. Aí, esse amigo meu me adicionou novamente, tirou este camarada (que discutiu comigo) e, nesta daí, a polícia foi lá em casa e falou que eu estou administrando grupo. Não fui em quem criou este grupo. Eu já compartilhei o que eles mandavam pra mim, mas não tem eu falando lá, eu avisando. Tô arrependido demais de ter entrado neste grupo.”

Informações PM

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