Brincar ajuda a fortalecer vínculos entre pais e filhos

Amarelinha, pique-esconde, polícia e ladrão, futebol, queimada, Lego e quebra-cabeça. Essas são algumas brincadeiras que há anos encantam e incentivam a meninada, uma vez que exploram o lúdico, além de permitir que a criança faça atividade física e se relacione com outras pessoas. Contudo, com a modernidade, essas brincadeiras estão sendo trocadas pelo computador, celular, tablets e pela televisão.

Se, antes, a criança podia brincar na rua, sem se preocupar com a violência ou outros fatores, agora este cenário mudou. Dessa forma, é essencial que os pais incentivem essas brincadeiras e que tirem uma parte de seu tempo para brincar com os filhos, construindo momentos que podem ficar na memória e no coração para sempre. Além de ser alternativa mais saudável que os jogos de videogame, televisão ou computador, isso permite que se estabeleça um vínculo entre pais e filhos.

A servidora pública Mariana Navarro Paolucci tem dois filhos – Gabriel, 2,5 anos, e Guilherme, de 6 meses. Ela conta que, com a chegada dos filhos, decidiu trabalhar só meio período, para ficar mais tempo com eles. Ela lembra que nem todos os pais são capazes de fazer isso, mas considera fundamental passar um tempo junto de Gabriel e de Guilherme. “O brincar é a nossa atividade diária na parte da tarde. Com isso, acredito que crio memórias importantes para meus filhos e, consequentemente, crio laços com eles que, assim espero, ficarão para a vida toda”, conta.

Entre as brincadeiras favoritas de Gabriel estão o quebra-cabeças, blocos de montar e esconde-esconde. Além disso, Mariana gosta de passear em praças e parques, pois, além de brincar com bicicleta e velotrol, eles podem interagir com outras crianças. “Sempre tento variar e criar brincadeiras para manter as crianças interessadas.” E a diferença de idade entre os dois não é um problema para Mariana, que sempre tenta envolver o caçula nas brincadeiras. “Quando estou só com o Guilherme, procuro brinquedos adequados para a idade e brinco junto com ele, conversando e ensinando sobre as formas e as cores.”

BENEFÍCIOS

Na visão de Mariana, a infância é uma fase da vida em que as brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento físico e mental dos pequenos. Por meio dessas atividades, a criança passa a desenvolver a criatividade e o senso cognitivo e social. A servidora pública também considera que a infância “é um lugar que visitamos durante a vida toda”, o que facilita e muito no momento de pensar em brincadeiras e atividades para fazer com seus filhos.

Mariana percebe que, atualmente, as redes sociais e outras tecnologias têm tomado conta de um tempo grande na vida das pessoas, o que pode atrapalhar as relações sociais e, até mesmo, a construção do vínculo entre pais e filhos. Brincar pode parecer uma atividade muito simples, mas não é. Demanda tempo, dedicação, atenção e é preciso resgatar a criança que existe dentro de cada um. “Por mais que seja uma atividade que exige tempo, é algo que vale a pena. A infância passa rápido e, num piscar de olhos, não temos mais essa oportunidade. É importante saber aproveitar esse tempo e se divertir.”

DESENVOLVIMENTO

Segundo a pedagoga Ana Cristina Oliveira, as brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Por meio das brincadeiras, a criança constrói a concepção de mundo. “Todos os tipos de brincadeiras, sejam os jogos simbólicos, como o faz de conta, os jogos de regra, sejam as brincadeiras corporais, favorecem no desenvolvimento da psicomotricidade, da coordenação motora”, explica.

A psicóloga Simone Fernandes Carvalho, concorda e reforça que é fundamental para estabelecer um laço entre pais e filhos. Ela explica que isso ocorre devido ao fato de a criança se construir socialmente por meio das brincadeiras e atividade, além de expressar as diferentes impressões vivenciadas em seu contexto familiar e social. “É por meio da atividade lúdica que a criança desenvolve a habilidade de subordinar-se a uma regra, a uma norma; e seguir as regras significa dominar o próprio comportamento, aprendendo, desde cedo, a lidar principalmente com figuras de autoridade.”

Informações Saúde Plena/www.uai.com.br

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