Setembro do Coração é dedicado aos cuidados com o órgão

Em 29 de setembro, comemora-se o Dia Mundial do Coração, iniciativa da Federação Mundial do Coração, em parceria com a Unesco, Organização Mundial da Saúde (OMS) e instituições ao redor dos quatro cantos do planeta. Para reforçar a data, neste mês foi lançada a campanha “Setembro do Coração”, que recebe esse nome, e não “Setembro Vermelho”, porque a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Associação Médica Brasileira (AMB) entendem que o coração é um símbolo mais importante que qualquer cor e também por já haver cores demais simbolizando os outros meses e cuidados com a saúde.

É também por questões práticas, já que a expressão Setembro Vermelho foi registrada em nome de uma empresa/ONG/agência de publicidade, Instituto Lado a Lado pela Vida, que acaba captando recursos e patrocínios paralelamente às entidades científicas. As duas campanhas acabam se confundindo, mas, felizmente, com efeitos complementares. Nesta edição, o Setembro do Coração promoverá ações presenciais nas capitais no dia 29, com aferição de pressão arterial, medida do colesterol e orientações nutricionais nas cidades participantes.

A notícia ruim é que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no Brasil, responsáveis por mais de 30% do total de óbitos registrados. A notícia boa é que, com estilo e hábitos de vida saudáveis, somados ao controle médico, principalmente para quem herda o problema, são ações de alta eficiência. A prevenção deve começar na infância, e a lista de exames deve se adequar à idade, gênero, sintomas e história de cada pessoa. Viver por mais tempo e com mais saúde deve ser a busca de todos. Para isso, precisam ter o máximo de carinho e atenção com o coração.

A SBC fez uma projeção de mortes por doenças cardiovasculares para 2018 e, até 31 de dezembro, o Brasil deve registrar 396.478 mortes pela principal causa de óbitos no país. Como os dados governamentais sempre têm dois anos de defasagem, a entidade estima o número com base na progressão de anos anteriores e no crescimento da população. Os dados, publicados no Cardiômetro, indicador on-line do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, são atualizados com base em um programa de previsão estatística com a metodologia desenvolvida e amparada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. O alerta faz parte de uma série de atividades que a SBC promove em todo o país.

Em 2016, de acordo com a entidade, foram registradas no Brasil 362.091 mortes por doenças cardiovasculares e, em 2015, 349.584. A SBC também estimou o número de mortes para 2017 em 383.961. Os números talvez possam ser um pouco maiores, mas a entidade sempre faz o cálculo de forma conservadora. Em dois anos, as mortes por doenças cardiovasculares cresceram quase 10%. “É muita coisa. Precisamos investir ainda mais em prevenção e no combate aos fatores de risco para o coração. Para os pacientes com hipertensão, colesterol elevado e diabetes, por exemplo, jamais abandonar o tratamento e ir ao médico com regularidade”, defende o presidente da SBC, Oscar Dutra.

Conforme a SBC, as doenças cardiovasculares são tão perigosas e, muitas vezes, silenciosas, que em um único dia são responsáveis por 1.086 mortes, segundo os cálculos do Cardiômetro. Em 10 anos, no período de 2007 a 2016, foram responsáveis por 3.331.847 óbitos. “É uma verdadeira epidemia que precisa ser combatida em várias frentes. Em pouco tempo, o Brasil será líder mundial em mortes por doenças cardiovasculares. Precisamos correr contra o tempo para conscientizar a população e tratar quem já está com hipertensão, colesterol e diabetes”, defende Oscar Dutra.

Informações uai.com.br

 

 

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