Empresa reduz jornada para 4 dias, mantém salário e produtividade

Imagine poder trabalhar 4 dias por semana e folgar nos outros 3 com o mesmo salário. Foi o que fez empresa da Nova Zelândia, que reduziu a jornada de trabalho dos funcionários e mesmo assim conseguiu manter os níveis de produtividade.

Além de folgar aos sábados e domingos, os 240 colaboradores podem escolher outro dia da semana para descansar, sem precisar repor as horas.

Com mudança, os níveis de estresse da equipe diminuíram 7%. Já a satisfação com a vida aumentou em 5% e o estímulo, o comprometimento e o senso de autonomia no trabalho melhoraram.

Antes da folga semanal, apenas 54% dos funcionários conseguiam equilibrar a vida profissional com a pessoal. Após a mudança nas regras da empresa, o número subiu para 78%.

No período também houve redução de custos com energia, por exemplo, já que os funcionários passaram menos tempo no escritório.

Os números são de uma pesquisa da Universidade de Auckland, que acompanhou o período de teste de oito semanas e concluiu que a experiência teve efeitos positivos na produtividade. Os dados foram divulgados pelo “Guardian”.

A experiência

A mudança começou em março e teve 2 meses de experiência na empresa neozelanesa Perpetual Guardian, que opera no setor financeiro.

A ideia da folga extra semanal foi do fundador e diretor, Andrew Barnes.

Segundo ele, o novo regime de trabalho criou um equilíbrio maior entre a vida profissional e pessoal, os funcionários ficaram ainda mais focados em suas funções durante o expediente e aumentou a ligação entre os colaboradores e a empresa.

“Os resultados foram animadores. A produtividade subiu, os níveis de stress desceram. As pessoas ficaram mais confortáveis com a organização da empresa”, afirmou Barnes à Rádio Livre, da Nova Zelândia.

Comprometimento

O benefício, porém, não é definitivo. Segundo o diretor, os funcionários devem manter a produtividade para que a empresa continue a conceder o dia a mais de folga.

Se depender dele, a jornada de quatro dias por semana será permanente.

“Isto é um presente, não é um direito. Se me dão a produtividade que eu quero, eu dou um dia de folga. É respeito mútuo — explicou o diretor.

“Nós não reduzimos o número de horas de trabalho contratadas, mas o que dissemos foi: ‘se a produtividade não for mantida, retiramos o presente’.”

Com informações de O Globo e Guardian

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