Nuvens de mosquito que combate o Aedes aegypti são liberadas pela primeira vez em Minas

Os chamados “Aedes do Bem”, insetos geneticamente modificados para o combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana, foram lançados pela primeira vez ontem, em Minas Gerais. Os “Aedes do Bem” são mosquitos machos que não picam, portanto, não transmitem doenças. Liberados no meio ambiente, copulam com fêmeas do Aedes aegypti e geram insetos que herdam um gene autolimitante, que não os deixa reproduzir, pois morrem antes de atingir a idade adulta.

O projeto, iniciado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a 270 quilômetros de Belo Horizonte, é uma parceria entre a prefeitura e a empresa Oxitec do Brasil. Os descendentes do “Aedes do Bem”, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, “herdam também marcador fluorescente, que permite que sejam identificados no laboratório, facilitando seu monitoramento e a avaliação da eficácia durante todo o programa de uso da tecnologia”.

A expectativa é de que, entre três e seis meses após o início das liberações, o nível da população do Aedes aegypti selvagem comece a cair nos locais onde o “Aedes do Bem” será liberado. Apesar da utilização da nova tecnologia, persiste o alerta para que a população não abandone cuidados contra a proliferação do Aedes aegypti. O resultado do projeto na cidade será conhecido entre quatro e seis meses, segundo a secretária municipal de Saúde, Elizabeth Jucá.

Segundo a Oxitec, diferentemente de outras abordagens, o “Aedes do Bem” não deixa pegada ecológica. O inseto modificado liberado no ambiente e seus descendentes morrem, portanto, não persistem no ecossistema.

Informações www.uai.com.br

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