Após 18 anos, foragida é presa pela PC por crimes em Manhuaçu e BH

 A Polícia Civil apresentou Alaíde Sabino Ferreira de Souza, de 49 anos, que estava foragida da Justiça há 18 anos. Ela foi condenada a 50 anos e 200 dias de prisão por participação em três latrocínios – roubos seguidos de mortes – de taxistas em Belo Horizonte e Manhuaçu, na Zona da Mata mineira. A fujona só foi localizada depois que dois filhos dela participaram de um homicídio.

No fim da década de 80, a mulher, na época grávida, fez parte de uma quadrilha que roubava taxistas. “Ela fazia a solicitação do serviço de táxi, e, quando o taxista chegava, era abordado por quatro homens. A Alaíde chegou a ficar um mês presa, mas conseguiu recorrer em liberdade. Desde então, ninguém mais soube do paradeiro dela”, contou o investigador Andrey Oliveira.

A dona de casa foi julgada à revelia e nunca chegou a cumprir a pena. No entanto, em agosto deste ano, Thiago Ferreira Geremias, de 25 anos, e Guilherme Sabino Ferreira, de 31, filhos dela, começaram a ser investigados em um homicídio em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana da capital.

“Nós começamos a investigar também a família deles, e descobrimos que a Alaíde estava como mandado de prisão em aberto. Após o homicídio, ela saiu da cidade. No entanto, em outubro, a localizamos no bairro Ribeiro de Abreu, em Belo Horizonte”, explicou o policial.

Após ser presa enquanto caminhava com o marido, que é guarda municipal e afirma não conhecer a mulher, foi encaminhada ao sistema prisional de São Joaquim de Bicas. Em conversa com a imprensa, a condenada negou participação nos latrocínios e afirmou que não estava foragida.

Dos outros quatros condenados pelos crimes contra os taxistas, entre eles o ex-companheiro e irmão da mulher, dois morreram, um cumpre pena e o quarto está foragido.

Filhos

Segundo a polícia, os filhos da mulher que são investigados pelo homicídio confessaram o crime, mas alegaram legítima defesa. Como o flagrante já havia passado, a dupla foi ouvida e liberada.

Barraco

Ao ser presa, Alaíde fez um barraco com os policiais. Ela chegou a tentar agredir e ofendeu os investigadores com palavras chulas.  “A Alaíde foi encaminhada ao sistema prisional em São Joaquim de Bicas mesmo. A sentença já transitou em julgado e ela não pode recorrer. O que pode acontecer depois é, eventualmente, a análise de progressão de regime”, explicou o delegado Diego Nolasco.

Ainda conforme o policial, a princípio, ela não tem envolvimento no homicídio em que os filhos são investigados.

Questionada pela imprensa em relação aos insultos contra os policiais, a mulher, que não tem outros antecedentes criminais além dos latrocínios, negou as ofensas. “Desde quando uma mulher algemada e indefesa vai conseguir agredir três policiais armados? Eu não devo nada à Justiça”, finalizou.

Carolina Caetano – Jornal O Tempo

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