O tema doação de órgãos foi levado à população em diversas ações durante esta semana pelo Hospital César Leite. A equipe do CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) realizou palestras, panfletagem e tirou dúvidas dos populares. Destaque para a participação da Enfermeira Leiliane Soares de Freitas e a Assistente Social Edna Berbert Estanislau, da equipe do HCL, que concederam entrevista ao radialista Moreira Lopes, na Rádio Manhuaçu.
A Comissão atua no Hospital César Leite e visa aumentar o índice de captação de órgãos na unidade. É essa equipe que faz a notificação em caso de morte de pessoa doadora e integra os procedimentos com o MG Transplantes para que os órgãos doados cheguem aos pacientes que aguardam na fila de espera.
Durante a entrevista, os membros da comissão explicaram sobre a atuação da equipe e ressaltaram a necessidade dos familiares comunicarem ao hospital sobre a vontade do paciente declarada em vida de doar órgãos, após sua morte.
O trabalho do CIHDOTT conta com números positivos. A primeira captação em Manhuaçu aconteceu em 2006. Nos últimos anos, com novas metodologias de trabalho, esse número tem aumentado, o que mostra também o resultado das orientações.
Na quarta-feira, 27 de setembro foi celebrado o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos, conforme divulgado pelo Manhuaçu News.
De acordo com a enfermeira Leiliane Soares o objetivo da entrevista foi orientar a população sobre a importância da doação de órgãos. “O HCL faz diversas ações com o seu público interno e também busca sensibilizar moradores sobre o tema. Para que possamos salvar diversas vidas é importante que a população tenha o conhecimento de como funciona e o que é necessário para se tornar um doador de órgãos”, destaca.
Leiliane Soares explica que para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento, basta comunicar sua família do desejo da doação, pois o ato só ocorre após autorização familiar. “A família precisar saber do desejo de ser doador. Os familiares, ao conversarem sobre isso, saberão se a pessoa ficaria feliz, que o ato de doação beneficiou um grande número de pessoas”, afirma.
AÇÕES
Além da entrevista que ajudou a divulgar o tema e esclarecer muitas dúvidas e mitos sobre a doação de órgãos, Edna Berbert e Leiliane Soares destacaram que nesta semana aconteceram palestras com os colaboradores do HCL, uma campanha de sensibilização na praça Doutor César Leite e uma palestra com os escoteiros sobre a importância da doação de órgãos e tecidos.
A assistente social Edna Berbert trabalha diretamente com as famílias e lembra que a doação é um gesto de ajudar ao próximo, ajudando alguém a ter vida.
“Há muitas dúvidas. Temos feito a orientação e esclarecendo muitas dúvidas. Quem precisar, estamos à disposição para realizar reuniões, ir em eventos, igrejas, escolas, empresas e falar sobre o tema”, ressalta Edna Berbert.
NÚMEROS
Cerca de 32 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. Enquanto milhares esperam, 43% das famílias dos potenciais doadores não autorizam a retirada dos órgãos. Para quem teve que enfrentar essas estatísticas para vencer a angústia dessa fila, falar sobre o assunto é uma obrigação.
A fila de espera por transplante de órgãos aumentou 9% em Minas Gerais, segundo o MG Transplantes. Em 2016, eram 3.143 pessoas na fila. Hoje, 3.431 mineiros aguardam doador compatível.
A maior demanda em Minas, segundo MG Transplante, é pelo transplante de rim, que tem 2.300 pessoas aguardando o órgão. Mas as filas que mais cresceram foram a de córnea (de 712 para 977) e a de medula (de 11 para 30). O número de pessoas à espera de um fígado permanece o mesmo do ano passado: 47.
Para mais informações:
Leiliane Soares – Setor de Auditoria – 33 3339-6988
Edna Berbert – Serviço Social – 33 3339-6924 ou 3339-6927