Arregace as mangas: Toda sexta-feira é dia de faxina contra o Aedes aegypti

Toda sexta-feira é dia de combater o mosquito Aedes aegypti. Com a chegada do verão e o período de férias, a atenção para a limpeza dos ambientes deve ser redobrada para que os focos não apareçam enquanto a casa ou apartamento estiverem vazios. Para incentivar a mobilização da população, o Ministério da Saúde lança uma série de vídeos intitulada “Ele pode estar em vários lugares e você pode não perceber”, com objetivo de chamar a atenção para os criadouros do vetor. Os vídeos são publicados todas as sextas-feiras nas redes sociais. A partir desta semana, a pasta passa a enviar também dicas em aplicativos de conversas, como o WhatsApp, para compartilhar com os familiares e amigos.

A campanha é para que os cidadãos façam um esforço concentrado para eliminar os criadouros do mosquito. Os vídeos lembram que o mosquito pode estar em qualquer lugar, como na sala, banheiro, latões de lixo, sem que a população perceba. As publicações também trazem informações sobre como fazer para evitar o acúmulo de água nos vários ambientes da residência.

A ação mais efetiva para combater o mosquito ainda é eliminando os focos. Por isso, é importante fazer um apelo: antes de sair de férias, descarte corretamente todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada. Casa vazia não pode servir de criadouro do mosquito. É muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter feito esse gesto”, ressalta o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Os meses de dezembro e janeiro são marcados por chuvas em diversos estados do país, e também há maior circulação de pessoas, o que torna o período ideal para a proliferação do mosquito. A recomendação é que os viajantes façam uma vistoria detalhada antes de deixarem suas casas, para eliminar todos os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro.

O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso, mesmo em uma viagem curta, é preciso estar atento. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, podem se tornar um foco do mosquito e afetar toda a vizinhança. É importante verificar se a caixa d’água está vedada, a calha totalmente limpa, pneus sem água e, em lugares cobertos, garrafas e baldes vazios e com a boca virada para baixo, entre outras pequenas ações que podem evitar o nascimento das larvas.

Os ovos do mosquito podem aderir às laterais internas e externas dos recipientes por até um ano, mesmo sem água. Se durante este período os ovos entrarem em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça e, consequentemente, a transmissão. Por isso, é necessário lavar os recipientes com água e sabão, utilizando uma bucha. Não importa se você mora em casa ou apartamento, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir. Apenas 15 minutos por semana são o suficiente para fazer a vistoria em toda casa e eliminar todos os possíveis focos do mosquito.

Campanha

Com a chegada do verão, o governo federal intensifica a atuação contra o mosquito transmissor da Dengue, Zika Vírus e febre Chikungunya. As iniciativas incluem campanha publicitária em TV, rádio, internet e outros meios; campanhas educativas; mutirões de faxina; etc. No começo deste mês, foi realizado o Dia Nacional de Combate ao Mosquito, com ações integradas e simultâneas em todas as capitais do país, em articulação com prefeituras, governos estaduais e população.

Ministros de Estado, militares das Forças Armadas, agentes de saúde e de defesa civil visitaram residências, escolas, órgãos públicos, canteiros de obras e outros locais para conscientizar a população sobre a importância do engajamento de todos na luta contra o Aedes aegytpi. Além do conhecido Dia “D”, a campanha continua com ações locais, lembrando que toda sexta-feira é dia de reforçar as medidas de prevenção e combate ao mosquito.

Dados

O Brasil registrou, até 10 de dezembro, 211.770 casos prováveis de Zika, o que representa uma taxa de incidência de 103,6 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, seis óbitos por vírus Zika no país. Em relação à dengue, foram notificados 1.487.673 casos e 906 mortes. Também entre janeiro e 10 de dezembro, o Ministério da Saúde registrou 263.598 casos prováveis de Chikungunya e 159 óbitos pela doença.

Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de 2015, o Ministério da Saúde tem tratado o tema como prioridade, adotando medidas emergenciais que estão sendo colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito. Vale ressaltar que o Brasil tem um programa permanente de prevenção e controle do mosquito, com ações compartilhadas entre União, estados e municípios, durante todo o ano.

Informações www.saude.gov.br

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