Exames de DNA para buscar família de Clarinha começam em fevereiro

Sem data precisa, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) dará início à execução dos exames de DNA nas famílias que se identificaram como supostos parentes de Clarinha, como é chamada a moça de cerca de 35 anos, sem identificação, que há 15 anos está internada no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória. Família de Ipanema está na fila com esperança de que ela seja a moça que saiu há 15 anos de casa e nunca mais voltou.

O órgão informa que, até o fim da tarde desta terça-feira (26), O MPES recebeu 95 ligações de pessoas que identificaram alguma semelhança da própria família com o desaparecimento de uma mulher, que, hoje, seria como Clarinha. No entanto, apenas 19 casos chamaram a atenção da Promotoria de Justiça Cível de Cidadania de Vitória, responsável por realizar a triagem dos telefonemas.

Por isso, o órgão garante que os autores e familiares destes relatos terão prioridade na coleta de amostras que servirão para a comparação do DNA. Sem data pré-estabelecida, os agendamentos para esse serviço devem ser marcados já para a partir da próxima semana.

Com ao menos uma semana de antecedência, o exame deve ser agendado por meio do Grupo Especial de Trabalho Social (GETSO), do MPES. Os indivíduos não irão custear as análises e a única condição é que a coleta seja feita no Estado, isto é, para a suposta família que não é capixaba, uma viagem ao Espírito Santo será necessária.

Quem é?

Provavelmente você não é o único que se faz essa pergunta. Quando tomou proporção nacional, o caso de Clarinha chamou a atenção até mesmo de famílias do estrangeiro, de países como o Uruguai e Suíça. De acordo com o tenente coronel Doutor Jorge Potratz, do Hospital da Polícia Militar (HPM), responsável pelos cuidados da paciente, ela sofreu um atropelamento e o coma é a sequela que a moça carrega.

Ela foi atropelada no dia 12 de junho de 2000, um Dia dos Namorados nada fácil para quem estava dando entrada no quarto de hospital de que, talvez, nunca mais vá sair. Desde então, já se passaram 15 anos, e “Clarinha”, como é chamada, continua internada no HPM.

Sem identidade, ela ganhou o apelido do médico responsável pelo seu caso, já que sua pele é clara. Provavelmente, Clarinha possui filho, já que tem cicatriz de cirurgia cesariana. Potratz garante que cerca de quatro pessoas já prestaram o exame de DNA na unidade, mas o parentesco foi negado pelos laudos.

Ele conta que a moça foi levada de ambulância do Centro de Vitória, local em que foi atingida por um veículo, até o Hospital São Lucas, na Capital, no Dia dos Namorados de 2000. Lá, passou por tratamentos, e depois de aproximadamente um ano foi encaminhada para o HPM, local em que está alojada na enfermaria desde então.

 

Fonte: Portal ES HOJE

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