1º de dezembro foi instituído pela ONU – Organização das Nações Unidas, como o Dia Internacional de Combate à AIDS. Trata-se de uma doença que ataca o sistema imunológico de um indivíduo o tornando frágil e vulnerável a diversas outras doenças. Ela é causada pelo HIV – Vírus Humano da Imunodeficiência, e já é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em Manhuaçu, é fácil realizar os testes. Basta vencer o medo, conforme explica a servidora da Saúde Municipal, Viviane Pena.
A principal forma de contágio é por meio de relações sexuais, mas também pode ocorrer por meio de uso compartilhado de seringas e outros instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados. O exame, conforme explica Pena, é simples e busca a identificação de quatro doenças consideradas silenciosas. São elas as hepatites virais dos tipos B e C, a sífilis e o HIV. “É um procedimento espontâneo, basta que a pessoa queira fazer, não é necessário agendamento, não é necessário jejum, e é totalmente sigiloso” – elucida a coordenadora do serviço de DST/AIDS da Casa Azul. Segundo ela, muitas pessoas deixam de fazer o exame por medo do resultado e, com isso, perdem a oportunidade de se submeter a um tratamento, ganhar em qualidade de vida e, melhor, viver sem receios ou dúvidas.
“Aqui na Casa Azul nós realizamos os testes sempre na manhã das segundas e das sextas-feiras, entre 8h e 11h. Antes de fazermos o teste nós conversamos com a pessoa, explicamos a ela quais são os objetivos do exame, falamos dos riscos aos quais ela se submeteu ao não se prevenir e, por fim, como funciona o tratamento, em caso de um resultado positivo” – explica Viviane Pena ao ressaltar que o resultado sai em 20 minutos e é entregue, impreterivelmente, em mãos ao paciente. Em caso de um resultado positivo para as hepatites e o HIV, imediatamente ele já é encaminhado para um médico infectologista para iniciar o tratamento. Em caso de sífilis, o paciente ainda é submetido a outros exames necessários.
Esse tratamento envolve acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização de exames. Os medicamentos buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo. Para que o tratamento dê certo, o paciente não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los, pois dessa forma, o vírus pode criar resistência. Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais – coquetéis antiaids, que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas para o êxito no tratamento. Mesmo em tratamento, a pessoa com AIDS pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social.
O serviço DST/AIDS em Manhuaçu é referência para uma ampla região, composta por 22 municípios. Dos atendidos, em média 70% são da cidade ou município e o restante das demais cidades da região, de outros estados como Espírito Santo e Rio de Janeiro e até de fora do país.
Prevenção
A maior preocupação dos profissionais da saúde é com relação à prevenção. Segundo Viviane Pena, a maioria das pessoas não se previne. “Infelizmente as pessoas não têm essa consciência. Elas não tomam os cuidados necessários, não usam camisinha. E ainda existe outro fator: sempre quando conversamos com a pessoa, o consumo de bebida alcoólica está relacionado ao fato. As pessoas precisam estar preocupadas com relação a isso, mas infelizmente não estão” – lamenta a enfermeira.
O alerta se faz ainda mais pertinente com a aproximação das festas de fim de ano e do carnaval. Previna-se contra as DSTs, use camisinha! Conheça seus limites antes de consumir bebidas alcoólicas.
Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu
