Manhuaçu: Saúde intensifica as medidas de combate à dengue

DSC_8080“Se não houver participação do cidadão, não existe combate à dengue”. É com essa fala que coordenadora de Vigilância Ambiental de Manhuaçu, Emilce Estanislau explica o papel fundamental da população para não deixar que o município sofra uma epidemia da doença. Mesmo com o trabalho intenso realizado pelos 53 agentes de campo e toda equipe, foi registrado no último LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti, fechado no mês de outubro, um índice de 1,4%, quase três vezes maior que o do mesmo período de 2014, onde atingiu 5%. A combinação chuva e calor pode elevar esse número ainda mais, por isso o Governo de Manhuaçu, intensifica as medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti, principalmente aos criadouros.

“O índice tolerável é de 1%, então não temos um número muito elevado, mas nos preocupa muito de qual será o resultado do início de janeiro, quando será o próximo LIRAa. Com esse percentual estamos nos organizando melhor para o trabalho de combate e para preparar a população afim de evitar uma possível epidemia” – explica preocupada Estanislau, lembrando que Manhuaçu tem mais de oitenta mil habitantes e, diferente das demais cidades da região precisa ter a atenção redobrada nas ações educativas, pois por ser uma cidade regional, conta com uma população estimada de mais de meio milhão de habitantes. São pessoas que estudam, trabalham, ou utilizam os diversos serviços oferecidos na cidade, nas mais diferentes áreas.

Além desse fator, outra preocupação da coordenadora é que o trabalho esse ano é redobrado, já que os agentes, além de combater o Aedes aegypti responsável pela dengue, precisam estar em alerta para o Aedes Albopctus, que além de transmitir a dengue é o transmissor da chikungunya, que tem uma taxa de ataque maior, e a Zica vírus. De acordo com Emilce os casos da doença confirmados no município, nenhum foi contraído localmente, mas as equipes realizaram no mês de setembro sete bloqueios. Em outubro e novembro, até o memento não foi registrado nenhum.

“Os bairros que compõem o extrato três, aqueles no final da cidade como Matinha, onde mais se registrou, Santana, Baixada, Santa Terezinha, Bom Pastor e Engenho da Serra, apresentaram o maior índice, no caso 3,3%. Só essa região é considerada alerta máximo em possível transmissão da dengue” – explica Emilce. Lembrando que o trabalho para eliminação de possíveis criadouros é totalmente mecânico. “Estamos trabalhando com uma carga menor de larvicida porque o Ministério da Saúde não entregou ainda toda carga” – justificou a coordenadora.

Capacitação

O trabalho do Governo de Manhuaçu, por meio da Vigilância Ambiental, inclui ainda a capacitação de profissionais de outras áreas da Secretaria de Saúde, para que possam ajudar no combate e identificação de possível contaminação da doença. “Tem mais ou menos uns dois meses que estamos organizando um planejamento de ações, onde foi definido o papel de cada um. Esse documento foi encaminhado ao prefeito para que seja envolvido todos os secretários. Também capacitamos todos os 220 agentes comunitário assim como enfermeiros e médicos das ESF – Estratégia de Saúde da Família – com todo o protocolo de atendimento” – explica a responsável pelo serviço de combate à dengue.

Os próprios agentes de combate à dengue estão sendo recapacitados. De forma fragmentada cada uma das cinco equipes, voltam a rever todos os procedimentos a ser adotados em caso de registro da doença. “Também já capacitamos agentes da Polícia Militar, que também vão lançar uma campanha de combate” – relata Emilce.

Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu

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