No fim da tarde da quinta-feira, 12/11, o prefeito Nailton Heringer, acompanhado do diretor do SAAE, José de Aguiar, recebeu em seu gabinete representante da Funasa – Fundação Nacional da Saúde. O objetivo do encontro foi tratar de soluções para a questão do abastecimento de água em Manhuaçu. Sabe-se que, segundo previsões, o período de seca pode se estender pelos próximos três ou quatro anos. Nesse sentido, o Governo de Manhuaçu tem se empenhado em buscar algumas alternativas, tanto emergenciais quanto definitivas.
O Executivo de Manhuaçu recebeu o engenheiro da Funasa, Edilson Machado, que trouxe esclarecimentos técnicos com relação à viabilidade de algumas soluções para o município, de modo a aumentar a produção de água no sistema de abastecimento. “Discutimos uma série de alternativas para chegarmos àquelas que seriam as primeiras providências a serem tomadas para que o município possa desenvolver os projetos e construir a obra necessária para ampliar essa produção” – elucida o engenheiro, que é natural de Manhuaçu, já trabalhou no SAAE e portanto, é conhecedor da realidade de Manhuaçu. “Na verdade temos que fazer o estudo dos mananciais, temos que ter recursos para elaboração dos projetos, porque somente com projetos o município consegue verbas para essas obras” – diz.
Conforme relata o prefeito Nailton Heringer, o primeiro grande desafio para Manhuaçu, é a questão da captação de água. “Nós enfrentamos problemas gravíssimos porque nossa maior captação, que é o Manhuaçuzinho, não está mais dando conta. Temos uma segunda opção, que é captar no Rio Manhuaçu, mas não é a melhor opção por causa da qualidade da água, e a população sabe disso, mas ele também já não está dando conta por causa da escassez” – pondera Heringer. “Temos que pensar numa solução emergencial e em uma solução definitiva, levando em conta que nossa cidade está crescendo muito, sem falar da nossa população flutuante, que é imensa, já que somos um polo regional em diversos setores” – prossegue.
“Trouxemos aqui hoje o Edilson para que ele nos desse informações para tomarmos medidas e já começarmos a fazer um planejamento para uma nova captação, que exige um estudo mais demorado e caro” – diz o prefeito ao apelar à Câmara Municipal que agilize a aprovação do PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico, entregue à Casa em junho deste ano. “Não há nenhum bicho de sete cabeças nele, foram feitos todos os estudos, a empresa tratou de todos os detalhes, a equipe trabalhou exaustivamente. E nós não fazemos mais nada relacionado a água e esgoto sem esse plano, ele é obrigatório, sem ele não conseguimos captar recursos. Os vereadores e a população precisam saber também, que esse plano é para vinte anos, mas ele é revisado a cada quatro, então, se houver problemas, eles poderão ser ajustados” – esclarece o chefe do Executivo. O passo emergencial, afirma o prefeito, será a providência de um reservatório de água para a provisão em momentos mais críticos.
Segundo o assessor técnico do SAAE, Márcio Baía, que também participou do encontro, cabe, antes de qualquer medida, a conscientização da população com respeito à preservação dos mananciais. “As pessoas sabem que a crise hídrica está aí e as previsões é que ela persista pelos próximos anos” – alerta Baía, que avaliou a reunião. “Vejo esse encontro como um ponto muito positivo porque vimos o prefeito, o diretor do SAAE, na busca realmente por uma solução definitiva e uma solução emergencial para a questão do abastecimento. A cidade só ganha com isso. Essa discussão para definir metas é necessária” – defende.
Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu
