Polícia desarticula quadrilha que cobra US$ 7 mil por visto americano

Os policiais da DDEF (Delegacia de Defraudações) prenderam os membros de uma quadrilha suspeitos de fraudar processo para obtenção de visto americano, na terça-feira, 20/10.

A delegada titular da especializada Andrea Nunes da Costa Menezes afirmou que uma das presas, Valeria Cristina Kowalski, falsificava todos os documentos necessários para quem quer tirar o visto, desde o preenchimento do formulário de solicitação até o passaporte. O objetivo era adequá-los às exigências do governo americano.

Ainda de acordo com a delegada, Valeria é chefe da quadrilha no Brasil e atua no esquema desde 2008. Ela cobrava, no mínimo, US$ 7 mil para hospedar em Queimados, na Baixada Fluminense, os queriam conseguir o visto americano. Além disso, os prepara os candidatos para a entrevista. “Ela ainda hospedava os que pediam os documentos na sua residência, por uma a duas semanas, em treinamento específico para a entrevista, cobrando no mínimo US$ 7 mil por pessoa/processo, que deveriam ser pagos nos EUA para outro membro da quadrilha”.

Morador de Ipanema

Ao todo, foram realizadas cinco prisões. A DDEF efetuou as prisões de um casal de São Paulo, um rapaz de Mato Grosso e do cidadão de Ipanema (MG) que iria embarcar nesta quarta para os Estados Unidos. Ele teria informado que sua mulher e filha já estariam em território americano.

A partir das prisões, a delegacia de defraudações vai iniciar uma nova investigação sobre tráfico de pessoas entre o Brasil e os Estados Unidos.

De acordo com o delegado Aloysio Falcão, os interessados em conseguir o visto são pessoas com pouca condição financeira e que pretendiam ficar de forma irregular no exterior. Alguns até já tiveram o visto negado. Os pagamentos ocorriam em dinheiro ou em forma de trabalho.

Investigações seguem nos EUA

O governo americano dará prosseguimento às investigações nos EUA, segundo a delegada. O foco será a prisão dos membros já identificados, além da deportação dos brasileiros que obtiveram visto dessa forma ilegal. Funcionários do consulado dos Estados Unidos, na região central do Rio, desconfiou de cinco candidatos e acionou a delegacia, que prendeu os suspeitos.

Com informações do G1 e Ipanema Diário

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