Os funcionários do Centro de Distribuição Domiciliária, em Caratinga, entraram em greve por tempo indeterminado na manhã da quarta-feira, 16/09. A orientação foi do Comando Nacional de Negociação, após assembleias gerais de deflagração de greve realizadas em todo o país.
Segundo informe da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), foram quase 60 dias de negociação e a empresa não negociou de fato a pauta de reivindicações da categoria. Os ecetistas reivindicam 12% de reposição da inflação, aumento real de R$ 300,00, vale alimentação de R$ 40,00 e vale cesta de R$ 400,00.
Além disso, a categoria pede o fim da terceirização e a realização de novos concursos públicos, o fim das longas jornadas de trabalho, entrega das correspondências somente pela manhã, retorno do Correios Saúde e o pagamento do Adicional de Atividade de Distribuição e Coleta (AADC) aos carteiros motorizados, sem prejuízo do Adicional de Periculosidade, instituído em lei, nem da função.
A assessoria de imprensa dos Correios informou que, em Caratinga, dos 28 empregados lotados no Centro de Distribuição, 15 estão em greve, o que representa 53,6% do efetivo da unidade. Nos locais em que houve aprovação de paralisação, a empresa aplicará medidas do plano de continuidade para garantir as entregas. As paralisações dos últimos anos foram localizadas, não afetaram a rede de atendimento e tiveram baixa adesão, com mais de 90% dos trabalhadores em atividade normal.
Em busca de um acordo, os Correios oferecem aos trabalhadores um reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016). O que representa um aumento de aproximadamente 15% sobre o salário base inicial dos agentes dos Correios. A remuneração (salário mais adicionais) de um carteiro com dois anos de empresa hoje é de R$ 1.676.34. Pela proposta, em agosto de 2016 esse trabalhador teria remuneração 15,74% maior (R$ 1.940,34).
A proposta inclui ainda manutenção do plano de saúde dos trabalhadores da forma como é hoje e reajuste de 9,56% em todos os benefícios (vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá) a partir de agosto de 2015.
A proposta, que representou um esforço financeiro dos Correios para evitar a paralisação, foi aceita por 16 dos 36 sindicatos da categoria: Acre, Pernambuco, Roraima, Goiás, Alagoas, Amapá, Paraná, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Maria (RS), Uberaba (MG), Juiz de Fora (MG), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP). A empresa está tomando as ações necessárias para que haja a completa normalização da prestação dos serviços a seus clientes e a toda a sociedade brasileira no menor prazo possível.
Do site da TV Supercanal, Caratinga
