Caratinga: Prefeitura participa de mobilização. Pode haver demissões

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Prefeito Marco Antônio

24 de agosto, segunda-feira, as portas da Prefeitura de Caratinga amanheceram fechadas. Caratinga foi uma entre as mais de 500 prefeituras mineiras que aderiram a um movimento em protesto contra os governos estadual e federal. O ato, organizado pela Associação Mineira dos Municípios (AMM), questiona a baixa arrecadação para as cidades, o que compromete a prestação de serviços básicos à população.

“Essa grande mobilização é liderada pela Associação e tem por objetivo sensibilizar o Governo Federal em relação a melhor distribuição de recursos dos nossos impostos. Hoje, a cada R$ 100 o município fica apenas com R$ 18, ou seja, R$ 56 reais ficam com o Governo Federal e R$ 26 com o Governo Estadual”, destacou Marco Antônio, salientando que neste dia de adesão ao movimento todos os funcionários estiveram envolvidos em serviços administrativos, não se trata de um feriado.

Em coletiva à imprensa, nesta manhã de segunda-feira (24/08), o prefeito criticou o atual pacto federativo que tem como objetivo dividir as responsabilidades nas três esferas de governo, porém, não tem sido positivo na distribuição de recursos. O prefeito citou como exemplo casos em que pacientes precisam de medicamentos que não são disponibilizados pelos governos e à medida que há uma intervenção da Justiça o município é o responsável por custear, encontrando dificuldades de cobrar das outras esferas o cumprimento desta obrigação. O prefeito citou que mensalmente a Prefeitura disponibiliza um montante em torno de R$ 80 mil para suprir a demanda de casos assim.

Ainda em entrevista, o prefeito citou colaborações que são feitas pelo município para a manutenção de serviços que não são de sua exclusiva responsabilidade, mas que precisam ser mantidos. Com a arrecadação mais baixa, a escassez de recursos, as dificuldades aparecem.

Além do protesto, o prefeito confirmou que outras medidas estão sendo tomadas, a começar por demissões de servidores contratados e de cargos comissionados. “70% dos municípios não conseguiram concluir os salários do mês de julho e a previsão não é boa. Eu quero tranquilizar as pessoas de Caratinga que as medidas administrativas que nós estamos tomando são em relação à diminuição de funcionários, corte de cargos políticos, renegociação com prestadores de serviços. Mas não há qualquer possibilidade de fechar serviços. Deixar bem claro que qualquer atitude de rigor que você toma na administração, você tem de dar exemplo. Eu e meus secretários estamos com o mesmo salário de sete anos atrás. Não teve aumento no nosso salário e nem terá”, destacou.

Na oportunidade, Marco Antônio também desmentiu as informações que circulam na cidade sobre o fechamento dos postos de saúde como forma para reduzir gastos e driblar a crise financeira, mas anunciou uma redução no atendimento. Nós estamos reduzindo os programas. Se você tinha, por exemplo, em um distrito o atendimento médico cinco vezes na semana, o médico está indo dois dias e meio. Nós diminuímos um pouco a máquina da assistência, mas não cortamos programas”, concluiu.

O prefeito de Caratinga, assim como de tantas outras cidades mineiras, aguarda uma reação do Governo Federal a este protesto, uma proposta que beneficie os municípios que atravessam uma preocupante crise financeira. Os recursos que já foram anunciados, segundo o prefeito, estão garantidos. Algumas das obras estaduais e federais terão continuidade, como o trevo de Sapucaia, Capela Velório, Parque de Exposição.

Informações da TV Supercanal, de Caratinga

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