Manhuaçu: Prefeitura cancela a Feira a Paz. Crise econômica é a causa

Em tempos de crise é cada vez mais desafiador desenvolver projetos, manter empregos e, principalmente, promover eventos, feiras e festas. Em Manhuaçu a situação não é diferente, mas o Governo Municipal tem buscado soluções para não deixar a cidade sofrer um colapso, principalmente nos serviços essenciais, como saúde e educação, e garantir que o funcionalismo público municipal não seja impactado, já que o repasse de verbas federal e estadual tem encolhido drasticamente. Na tarde da quinta-feira, 23 de julho, após reunião entre o prefeito Nailton Heringer, o secretário de Fazenda, Cristovam Rocha, e a secretária de Cultura, Mariza Klein, depois de uma avaliação minuciosa, confirmou-se a impossibilidade da realização da Feira da Paz, tradicional festa popular do município.

A decisão foi tomada como medida de contenção de gastos, devido ao agravamento da situação financeira que afeta cidades de todo o país, levando inclusive o Governo Federal a anunciar medidas que afetam todos setores da economia, trabalhadores e municípios.

O Governo de Manhuaçu, por meio da secretaria de Cultura, chegou a publicar a contratação de shows para abrilhantar a festa no Diário Oficial, conforme planejamento orçamentário previsto pela Secretaria de Fazenda, o que foi divulgada por algumas mídias da região, na expectativa de a situação melhorar, mas pelo contrário, nos últimos dois meses o quadro só vem se agravando e os repasses para cobrir as despesas geradas, chega cada vez menos.

A realização da Feira da Paz representa um investimento mínimo de R$ 700 mil, valor que pode ser aplicado em outros segmentos como obras e assistência social, por exemplo. Vale ressaltar que o cancelamento refere-se apenas a Feira da Paz, outros projetos e eventos de menor orçamento, promovidos pela Secretaria de Cultura e Turismo, previstos para o resto do ano, têm agenda mantida.

Para o prefeito Nailton Heringer foi difícil tomar a decisão de não realizar a Feira da Paz em 2015. “É uma medida extrema, mas necessária. Em tempos de crise temos que priorizar o que é mais importante. Não queremos comprometer pagamento de servidores, de fornecedores, a prestação de serviços básicos e a realização de pequenas obras. Não queríamos cancelar, pois o evento é o maior da região e tradicional, mas não tivemos alternativa” – lamentou.

Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu

 

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