Manhuaçu: Questão do lixo tem mais um avanço com aterro sanitário

aterro-sanitarioHá cerca de dois anos a Gestão “Um Tempo Novo”, sob a liderança do Prefeito Nailton Heringer, vem procurando soluções para a questão da destinação final do lixo de Manhuaçu. Inicialmente, se procurou realizar um consórcio entre diversos municípios vizinhos para pactuar uma parceria, que se tornou inviável devido à falta de governabilidade entre os municípios. A dificuldade principal foi criar um órgão que congregasse todos os municípios para um fim comum.

Em seguida, passou-se a análise de qual seria a melhor forma de gestão final de resíduos sólidos. Pensou-se sobre o modelo de Pirólise, que consiste no craqueamento ou destilação dos compostos orgânicos, na ausência de total ou parcial de oxigênio (atmosfera redutora), obtendo-se um gás, o syngás e resíduos com alto teor de carbono fixo. Mas o mesmo se mostrou inviável devido ao alto custo de implantação e o retorno que se tem com a produção de gás.

Depois, analisou-se o modelo de compostagem que pode ser definida como um processo controlado de decomposição aeróbia e exotérmica da substância orgânica biodegradável, por meio da ação de microrganismos autóctones, com liberação de gás carbônico e vapor de água, produzindo, ao final, um produto estável e rico em matéria orgânica. O mesmo se mostrou inviável por utilizar uma grande área para destinação final e que tem um projeto finito para o médio prazo.

Aterro sanitário

Nesse sentido, buscou-se o terceiro projeto que é do aterro sanitário. Esses são considerados como uma solução prática, relativamente barata de disposição final de resíduos urbanos e industriais, inclusive de resíduos que poderiam ser reciclados. Todavia demandam grandes áreas de terra, onde o lixo é depositado. Após o esgotamento do aterro, se for construído e operado de maneira adequada, essas áreas podem ser descontaminadas e utilizadas para outras finalidades.

A construção do aterro sanitário requer a instalação prévia de mantas impermeabilizantes, que impedem a infiltração do chorume no solo e no lençol freático. O líquido que fica retido no aterro, o chorume, é então conduzido até um sistema de tratamento de efluentes para posterior descarte em condições que não agridam o ambiente.

Assim que o diretor Kilder Perígolo assumiu a gestão do SAMAL – Serviço Autônomo Municipal de Limpeza Urbana de Manhuaçu, em outubro de 2014, ele tinha essa importante questão para resolver. Ele procurou o apoio da Secretaria de Planejamento de Manhuaçu para dar apoio no projeto. Nesse sentido, começou-se a procurar quais cidades faziam o tratamento adequado em Minas Gerais, para ter como exemplo. As pesquisas levaram até a cidade Itaúna. No último mês de janeiro, Kilder Perígolo e o assessor de Planejamento Eliéser Ribeiro visitaram a cidade e conheceram o aterro sanitário, a cooperativa de catadores COOPERT e o sistema de coleta seletiva, quando foram conscientizados do melhor modelo para a gestão do resíduo sólido para Manhuaçu.

Ultimamente, procura-se um terreno adequado para a implantação de um aterro sanitário em Manhuaçu. Contudo, as dificuldades são muitas, por causa da geografia do município. Os terrenos são muito montanhosos e com muitos cursos d’agua. Foram visitadas várias áreas até o momento e há dificuldades em encontrar o mais adequado.

Outra dificuldade é o formato jurídico para realizar a construção de um empreendimento como esse. No entanto, na última quarta-feira, 17, Kilder Perígolo e Eliéser Ribeiro visitaram a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Governador Valadares para trocar informações com a diretora de Destinação de Resíduos Sólidos, Juliana de Oliveira Alves. Ela apresentou todo processo realizado em Governador Valadares e que pode ser adotado também em Manhuaçu.

Perígolo e Ribeiro voltaram muito confiantes do encontro, sabendo quais são os caminhos políticos e jurídicos para que o projeto do aterro sanitário aconteça em Manhuaçu. Em breve, será realizada uma reunião com as principais lideranças do município para colocá-los a par de todo o projeto e, em seguida, será feita uma audiência pública para que a população conheça todo processo e possa opinar sobre a licitação do aterro sanitário.

Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu

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