Vida e Saúde: Cuidado com as doenças que aparecem no inverno

Inverno é assim: frio, janelas fechadas, roupas tiradas do alto do armário e vestidas às pressas sem ter sido lavadas, muita gente aglomerada em locais fechados, chuva de espirros, alergia – e gripes que parecem cada dia mais fortes. A saída é se precaver para evitar ser derrubado agora que o inverno praticamente já chegou e promete ser mais rigoroso que o anterior. Nesse período do ano, e enquanto as temperaturas mais baixas persistirem, é preciso redobrar a atenção com a saúde. Os cuidados vão desde lavar as roupas guardadas no armário há um ano antes de usá-las, passam por umidificar os cômodos da casa e vão até fazer uma alimentação mais saudável.

A alergista e imunologista Mariana Aun de Oliveira explica que, nesta época, para evitar gripes, é preciso fugir de aglomerações em ambientes fechados. Isso vale para o ônibus, o trabalho, a igreja e outros locais que juntam muita gente, sem ventilação adequada. “É preciso lavar bem as mãos e limpá-las com álcool para evitar pegar viroses e resfriados e, quando estes já estiverem instalados, lavar bem o nariz com soro fisiológico para limpar a secreção”, recomenda. Já as crises alérgicas, segundo ela, são mais difíceis de prevenir. Nesse caso, é preciso evitar as mudanças bruscas de temperatura e ter um casaco sempre à mão, já que o ar frio e seco é um fator desencadeante de alergia.

Laura Belizário Lasmar, pneumologista pediatra e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que as temperaturas mais baixas exigem um metabolismo maior do organismo e também um trabalho respiratório mais intenso, com o objetivo de manter a temperatura do corpo. Crianças e adolescentes com propensão à alergia podem ter crises de rinite, sinusite e outras doenças, já que o frio, aliado à baixa umidade do ar, faz com que os agentes capazes de produzir alergia, como o ácaro, fiquem em suspensão, aproveitando-se justamente dessa baixa umidade e das correntes de vento. “O ar entra pelo nariz e segue para o pulmão, e pode ser que as bactérias presentes nas vias superiores se instalem no pulmão, provocando uma pneumonia”, alerta.

Vacina

O vice-presidente da Sociedade Mineira de Otorrinolaringologia, Bruno Castro, explica que crianças costumam ter entre sete e 12 resfriados ao ano, por conta da circulação mais intensa dos vírus, que são transmitidos pelos espirros, pela saliva e pelas lágrimas. “No Japão, as pessoas usam máscaras quando estão gripadas, para não contaminar umas às outras”, lembra. Para evitar que o seu resfriado se espalhe no ar, segundo ele, é preciso evitar espirrar abertamente. “O melhor é usar o braço para conter as partículas e lavar as mãos continuamente. Idosos, crianças, gestantes e pacientes com diabetes, câncer, problemas renais e de coração precisam se vacinar”, defende. Mas a vacina não é consenso entre os médicos.

Dicas antirresfriado

» Evitar permanecer em locais fechados, onde a concentração de pessoas é muito grande;

» Levar sempre um agasalho para enfrentar as quedas repentinas de temperatura;

» Lavar cobertores e agasalhos que estiveram guardados desde o inverno anterior antes de usá-los;

» Tomar muito líquido;

» Lavar as narinas com soro fisiológico, em caso de secreção;

» Ingerir alimentos mais nutritivos para fornecer energia ao organismo, que, no frio, trabalha mais.

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